Minha primeira opinião
25.10.03
Aprendi algo intensamente marcante no meu encontro com a Susana, minha psicóloga. Aprendi sobre duas espécies de relacionamentos de amor:
Amor transcendental – firma-se em ideologia, utopias, sonhos. Enfim, é profundamente platônico, abstrato. Nesse caso, os romances são lembrados e se fecham como histórias, boas ou más. Esse amante se deixa guiar por idéias e por histórias. Provavelmente por medo dos riscos implicados, não permite que seus relacionamentos se concretizem. Prefere-os virtuais, ideais. Essa espécie de amante encerra seus vínculos em histórias sem pessoas (reais). As pessoas estão presentes (mesmo idealizadas) mas somente são importantes dentro de histórias. É assim que alguém se torna para mim o maior amor que eu já tive, mas cada vez que eu vejo esse mito ameaçado no relacionamento, eu escapo. Se torna importante para mim a preservação da transcendência!
Verdadeiramente, essa é uma falsa transcendência. Porque o amor transcendente eleva, mas não transforma, estando relacionado ao vínculo com Deus. Qualquer relacionamento humano que se firma nesse tipo de amor atemporal, transcendente é pouco libertador e saudável. Alimenta mitos e constrói idéias que podem até nos organizar, mas não nos fazem mais humanos.
Amor concreto – é a dimensão dos relacionamentos horizontais, humanos. Esse é o tipo de amor que pode nos transformar. Mesmo o Deus Eterno quando quis nos libertar, nos transformar, se encarnou, se fez homem; concretizou Seu amor em uma forma humana.
Essa é uma espécie de amor que se funda em relacionamentos e vínculos com pessoas. Nós seguimos a quem amamos, não idéias. É concreto, é atual. Mas implica riscos: de nos machucarmos, de nos ferirmos. Enfim, risco de sermos transformados. E tememos a dor que essa transformação traz. Tememos a dor que está ligada a relacionamentos concretos. Neles, perdemos algo em nós. Arriscamos perder pessoas. E no processo de amadurecimento relacional, podemos nos machucar mutuamente.
Foi uma verdadeira epifania para mim a descoberta de que estou no processo de parto de uma espécie para outra (mais madura) de amor. Assim, eu sei que preciso mudar e mudar nos relacionamentos, mas mudar ao lado de alguém que para mim seja o amor.
Um amor que não percebe que a mudança se processa no relacionamento (não no afastamento) é puramente transcendental. É no relacionamento concreto que podemos conhecer as pessoas e entender que A não é B.
Tornamo-nos platônicos como escape para as mais diversas perdas que nos afligem. Porque relacionamento implica perdas e dores. Não as queremos. Por isso eu prefiro seguir e amar ideologias. E não costumo me vincular verdadeiramente.
Mas percebi que estou mudando. Por isso não consegui entender a necessidade de afastamento de Priscila. Por isso não aceitei a idéia de ela acompanhar minha mudança à distância. Quero ter um amor que transforma, um amor concreto, não mais transcendental. Por isso, me sinto tão bem por me sentir livre de novo.
Descobri que preciso de uma mulher real ao meu lado, não o único, verdadeiro e grande amor da minha vida. Uma mulher real não é um produto idealizado que combina em tudo comigo. É alguém concreto, com quem eu vou brigar, discutir, discordar, me enfurecer. Mas com quem me reconciliarei, a quem vou amar, dar carinho, afeto. Com quem construirei um relacionamento com amor, perdas e ganhos.
Susana me fez ver que essa verdade se aplica a cada área da vida: família, amigos, trabalho, igreja. Precisamos criar vínculos se queremos mudar. Amar e seguir essas pessoas. Viver relacionamentos e conexões. É preciso amar as pessoas como se houvesse amanhã.
Pois é. Meu forte apego a ideologias não passa de um escape às inúmeras perdas relacionais que sofri (desde o meu pai). Se eu quiser mudar e ser curado, meu foco precisa estar nos relacionamentos, onde eu sou mais humano.
Sabe do que mais? Estou em trabalho de parto. E gostaria de ser, também, a parteira da sua mudança, mas já sei que isso não será possível. É hora da Revolução do amor!
Amor transcendental – firma-se em ideologia, utopias, sonhos. Enfim, é profundamente platônico, abstrato. Nesse caso, os romances são lembrados e se fecham como histórias, boas ou más. Esse amante se deixa guiar por idéias e por histórias. Provavelmente por medo dos riscos implicados, não permite que seus relacionamentos se concretizem. Prefere-os virtuais, ideais. Essa espécie de amante encerra seus vínculos em histórias sem pessoas (reais). As pessoas estão presentes (mesmo idealizadas) mas somente são importantes dentro de histórias. É assim que alguém se torna para mim o maior amor que eu já tive, mas cada vez que eu vejo esse mito ameaçado no relacionamento, eu escapo. Se torna importante para mim a preservação da transcendência!
Verdadeiramente, essa é uma falsa transcendência. Porque o amor transcendente eleva, mas não transforma, estando relacionado ao vínculo com Deus. Qualquer relacionamento humano que se firma nesse tipo de amor atemporal, transcendente é pouco libertador e saudável. Alimenta mitos e constrói idéias que podem até nos organizar, mas não nos fazem mais humanos.
Amor concreto – é a dimensão dos relacionamentos horizontais, humanos. Esse é o tipo de amor que pode nos transformar. Mesmo o Deus Eterno quando quis nos libertar, nos transformar, se encarnou, se fez homem; concretizou Seu amor em uma forma humana.
Essa é uma espécie de amor que se funda em relacionamentos e vínculos com pessoas. Nós seguimos a quem amamos, não idéias. É concreto, é atual. Mas implica riscos: de nos machucarmos, de nos ferirmos. Enfim, risco de sermos transformados. E tememos a dor que essa transformação traz. Tememos a dor que está ligada a relacionamentos concretos. Neles, perdemos algo em nós. Arriscamos perder pessoas. E no processo de amadurecimento relacional, podemos nos machucar mutuamente.
Foi uma verdadeira epifania para mim a descoberta de que estou no processo de parto de uma espécie para outra (mais madura) de amor. Assim, eu sei que preciso mudar e mudar nos relacionamentos, mas mudar ao lado de alguém que para mim seja o amor.
Um amor que não percebe que a mudança se processa no relacionamento (não no afastamento) é puramente transcendental. É no relacionamento concreto que podemos conhecer as pessoas e entender que A não é B.
Tornamo-nos platônicos como escape para as mais diversas perdas que nos afligem. Porque relacionamento implica perdas e dores. Não as queremos. Por isso eu prefiro seguir e amar ideologias. E não costumo me vincular verdadeiramente.
Mas percebi que estou mudando. Por isso não consegui entender a necessidade de afastamento de Priscila. Por isso não aceitei a idéia de ela acompanhar minha mudança à distância. Quero ter um amor que transforma, um amor concreto, não mais transcendental. Por isso, me sinto tão bem por me sentir livre de novo.
Descobri que preciso de uma mulher real ao meu lado, não o único, verdadeiro e grande amor da minha vida. Uma mulher real não é um produto idealizado que combina em tudo comigo. É alguém concreto, com quem eu vou brigar, discutir, discordar, me enfurecer. Mas com quem me reconciliarei, a quem vou amar, dar carinho, afeto. Com quem construirei um relacionamento com amor, perdas e ganhos.
Susana me fez ver que essa verdade se aplica a cada área da vida: família, amigos, trabalho, igreja. Precisamos criar vínculos se queremos mudar. Amar e seguir essas pessoas. Viver relacionamentos e conexões. É preciso amar as pessoas como se houvesse amanhã.
Pois é. Meu forte apego a ideologias não passa de um escape às inúmeras perdas relacionais que sofri (desde o meu pai). Se eu quiser mudar e ser curado, meu foco precisa estar nos relacionamentos, onde eu sou mais humano.
Sabe do que mais? Estou em trabalho de parto. E gostaria de ser, também, a parteira da sua mudança, mas já sei que isso não será possível. É hora da Revolução do amor!
24.10.03
(publico as duas belas letras abaixo somente para confirmar a estatística de que Nando Reis é compositor mais citado neste blog)
Dois rios
(Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges)
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros... Sem direção
O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe, se vai
E após se por o sol renasce no Japão...
Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz da vida ouvi dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
E o meu lugar é esse ao lado seu
No corpo inteiro
Dou meu lugar,
Pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite, as quatro estações
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
E o meu lugar é esse ao lado seu
No corpo inteiro
Dou meu lugar,
Pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite, as quatro estações
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios sejam
Dois rios inteiros... Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
Dois rios
(Samuel Rosa, Nando Reis e Lô Borges)
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
Que os lábios sejam
Dois rios inteiros... Sem direção
O sol é o pé e a mão
O sol é a mãe e o pai
Dissolve a escuridão
O sol se põe, se vai
E após se por o sol renasce no Japão...
Eu vi também
Só pra poder entender
Na voz da vida ouvi dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
E o meu lugar é esse ao lado seu
No corpo inteiro
Dou meu lugar,
Pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite, as quatro estações
O céu está no chão
O céu não cai do alto
É o claro é a escuridão
O céu que toca o chão
E o céu que vai no alto
Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também
Só pra poder conhecer
O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
E o meu lugar é esse ao lado seu
No corpo inteiro
Dou meu lugar,
Pois o seu lugar
É o meu amor primeiro
O dia e a noite, as quatro estações
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios sejam
Dois rios inteiros... Sem direção
Que os braços sentem
E os olhos vêem
E os lábios beijam
Dois rios inteiros... Sem direção
Segundo Sol
(Nando Reis)
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as orbitas dos
planetas
Derrubando com assombro
exemplar
O que os astronomos diriam se
tratar
De um outro cometa
Não digo que não me
surpreendi
Antes que eu visse, voce disse e eu nao pude
acreditar
Mas voce pode ter certeza de que
O seu telefone ira tocar
Em sua nova casa que abriga
agora a trilha
Incluida nessa minha conversao
Eu so queria te contar
Que eu fui la
fora e vi dois sois num dia
E a vida que ardia sem explicacao
Explicacao
Nao tem explicacao
(Nando Reis)
Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as orbitas dos
planetas
Derrubando com assombro
exemplar
O que os astronomos diriam se
tratar
De um outro cometa
Não digo que não me
surpreendi
Antes que eu visse, voce disse e eu nao pude
acreditar
Mas voce pode ter certeza de que
O seu telefone ira tocar
Em sua nova casa que abriga
agora a trilha
Incluida nessa minha conversao
Eu so queria te contar
Que eu fui la
fora e vi dois sois num dia
E a vida que ardia sem explicacao
Explicacao
Nao tem explicacao
Não tenho palavras para descrever a sensação e o impacto que senti na minha chegada aqui. Em palavras bem toscas, parecia que eu estava sendo reinserido na Matrix. Até porque esse aqui já não é meu mundo real.
Michele perguntou-me no seminário se eu estava feliz. É claro que estou. É como um sonho.
Dei-me conta também que nos últimos meses nunca deixei de estar andando pelas feiosas e amadas ruas de Fortaleza. Todos os dias minha mente vagava perdida na capital cearense. É bom estar de volta, mesmo que por três dias.
Fortaleza me traz muitos significados. Mas o sonho que larguei aqui, o seminário, é o que me faz sonhar e amar este feioso lugar.
Michele perguntou-me no seminário se eu estava feliz. É claro que estou. É como um sonho.
Dei-me conta também que nos últimos meses nunca deixei de estar andando pelas feiosas e amadas ruas de Fortaleza. Todos os dias minha mente vagava perdida na capital cearense. É bom estar de volta, mesmo que por três dias.
Fortaleza me traz muitos significados. Mas o sonho que larguei aqui, o seminário, é o que me faz sonhar e amar este feioso lugar.
Em Aracati, ele subiu. Falando pelos cotovelos. Tragicômica figura. Pelo que dizia, dono de inúmeros bens. Possuia vinte por cento das ações da rede Pague Menos. Ele trabalhou com Xuxa e é alvo de boataria que afirma ser ele, e não Luciano, o pai de Sasha. Ele conversa com todos. Disse que com os serviços prestados na CPI do Banestado ele iria receber uma comissão de R$ 250 milhões. E tinha acabado de vender uma de suas casas no Ceará para Giovanna Antonelli.
Aquele homem vive um outro mundo. Mas eu acreditei nele. Porque ele mesmo acredita. E ele parece ser feliz no mundo que construiu. Mais feliz que eu no meu.
Aquele homem vive um outro mundo. Mas eu acreditei nele. Porque ele mesmo acredita. E ele parece ser feliz no mundo que construiu. Mais feliz que eu no meu.
No caminho para Fortaleza reencontrrei-me com o Pico do Cabugi (ponto mais alto do RN). E tomei consciência do quanto ele significa para mim. Em uma palavra, acho que o Cabugi representa sonho para mim.
Lágrimas nos olhos, declarei minha saudade a ele, afirmei meu amor, disse como ele estava bonito. Lá está o Pico, minha testemunha, bela Criação de Deus, apontando o caminho para Fortaleza. Apontando o caminho para o sonho.
Lágrimas nos olhos, declarei minha saudade a ele, afirmei meu amor, disse como ele estava bonito. Lá está o Pico, minha testemunha, bela Criação de Deus, apontando o caminho para Fortaleza. Apontando o caminho para o sonho.
23.10.03
Apresentei meu trabalho. Foi regular. O tempo não deu. Então, fiquei sem falar a 5ª parte. Aí uma professora me perguntou sobre minha metodologia e eu me enrolei todo. Mas sobrevivi. Viajo logo mais para Fortaleza. Até mais vê.
Aí vai o resumo de O nascimento de subversivos e hereges: uma análise do discurso protestante brasileiro:
INTRODUÇÃO
l Subversivos:
Posição crítica quanto à “Ordem Estabelecida”
l Hereges:
Posição crítica quanto ao Discurso Institucional
Subversivos = Hereges
Teorias acerca da aquisição de conhecimento
l Reflexo: privilegia o objeto, sujeito passivo
l Subjetiva: a realidade é criada pelo sujeito
l Interativa: o conhecimento surge de uma ativa interação entre sujeito e objeto
Atitude (ou compreensão) responsiva ativa
O receptor de um discurso “concorda ou discorda (total ou parcialmente), completa, adapta” o enunciado. (Bakhtin 1997: 290)
QUESTÃO IMPORTANTE: Em que medida um sujeito, diante da manifestação de um discurso, faria uma interpretação “livre”?
Análise do Discurso
Procura esclarecer os condicionamentos provocados pela ideologia na recepção de uma formação discursiva e suas manifestações textuais
Objetivo do trabalho:
analisar como ocorre o processo de produção e a compreensão de enunciados, bem como se entender como se dá a exclusão de indivíduos e idéias por serem rotulados como subversivos e hereges, principalmente no ambiente evangélico brasileiro após o
Golpe de 64.
1. IDEOLOGIA E FORMAÇÃO DISCURSIVA
l Ideologia:
Conjunto de representações que “servem para justificar e explicar a ordem social, as condições de vida do homem e as relações que ele mantém com os outros homens” (Fiorin 2001: 28)
O indivíduo se identifica com a posição em uma classe social.
SUJEITO ASSUJEITADO:
O indivíduo não pensa e não fala o que quer, mas o que a realidade impõe que ele pense e fale, tendo a ilusão de ser a origem do que diz.
Não seria possível uma compreensão/atitude responsiva ativa subjetiva. A compreensão estará cada vez mais condicionada à medida que seja mais intensa sua relação com a formação discursiva. “Tudo isso tendo como pano de fundo e ponto de chegada, quase que inevitavelmente as instituições” (Orlandi 1988:60)
IGREJA
l Promove fechamento e encurtamento de sentidos possíveis de leitura
l Qualquer ultrapassagem da leitura parafrástica promovida pela Igreja será classificada como pecado, rebeldia, blasfêmia
IDADE MÉDIA (séc. V ao séc. XV):
monopólio do saber = monopólio dos sentidos
Nascimento de subversivo e hereges
(processo assemelhado no protestantismo brasileiro pós 64)
2. DENOMINAÇÃO E SILENCIAMENTO
l Denominar como subversivos e hereges é uma ação de silenciamento, excluindo do universo de sentidos da instituição
l Silenciar “é a prática de processos de significação pelos quais ao dizer algo apagamos outros sentidos possíveis mas indesejáveis em uma situação discursiva dada” (Orlandi 1989: 40)
l O pastor (teólogo), no meio protestante, é o mediador, aquele que fixa sentidos, organiza relações e disciplina conflitos de sentidos
3. POLISSEMIA E PARÁFRASE
• Paráfrase:
sob formas diferentes, as mesmas coisas são ditas e lidas. O sentido é o já “dado”, necessita apenas ser “reconhecido”
• Polissemia:
é o campo do novo, fonte do sentido da linguagem, “responsável pelo fato de que são sempre possíveis sentidos diferentes, múltiplos” (Orlandi 2001: 20)
4. TIPOS DO DISCURSO
l Reversibilidade: é “a troca de papéis na interação que constitui o discurso e que o discurso constitui” (Orlandi 1996: 239)
l Lúdico: polissemia aberta, reversibilidade total
l Polêmico: equilíbrio = polissemia controlada, reversibilidade condicional
l Autoritário: paráfrase, ilusão de reversibilidade
O discurso religioso é uma espécie do discurso autoritário
Discurso Religioso
l Ilusão de reversibilidade pela profecia, pela visão, etc.
l Assimetria entre o Sujeito, Deus (plano espiritual) e os sujeitos, os homens (plano temporal)
l O representante não tem autonomia de voz
l Na Igreja cristã, a definição de sentidos está a cargo do teólogo
l Leitores independentes são perigosos para as igrejas
5. O PROTESTANTISMO BRASILEIRO
l Conferência do Nordeste: “Cristo e o processo revolucionário brasileiro” (Recife, 1962)
l Conflito conservadores x progressistas: a “Inquisição sem fogueiras”
l Teólogos de tendência social, como Rubem Alves e Richard Shaull, são desqualificados como “perigosos subversivos” e hereges e passam a ser segregados no ambiente protestante, cada vez mais fortemente conservador
l Silenciamento dos “credos sociais”
l Os evangélicos se tornam sustentáculos civis do Regime Militar (Cavalcanti 1985)
l Fim da Confederação Evangélica Brasileira e da União Cristã de Estudantes do Brasil
l Exclusão de fiéis causados de esquerdismo, ecumenismo, modernismo ou tendências renovadoras
Para Foucalt, o poder “se exerce e só existe em ato”; “o poder é essencialmente o que reprime” (Foucalt 1999: 21)
CONCLUSÃO
l Entendemos que por uma conjuntura ideológica, todo discurso voltado às preocupações sociais e à crítica do status quo no meio protestante brasileiro tende a ser excluído, tratado como herético
l A religião protestante procura se aliar em nosso país, ao discurso dominante, já que em sua mentalidade elitista se alimenta e ajuda a manter a ideologia dominante
INTRODUÇÃO
l Subversivos:
Posição crítica quanto à “Ordem Estabelecida”
l Hereges:
Posição crítica quanto ao Discurso Institucional
Subversivos = Hereges
Teorias acerca da aquisição de conhecimento
l Reflexo: privilegia o objeto, sujeito passivo
l Subjetiva: a realidade é criada pelo sujeito
l Interativa: o conhecimento surge de uma ativa interação entre sujeito e objeto
Atitude (ou compreensão) responsiva ativa
O receptor de um discurso “concorda ou discorda (total ou parcialmente), completa, adapta” o enunciado. (Bakhtin 1997: 290)
QUESTÃO IMPORTANTE: Em que medida um sujeito, diante da manifestação de um discurso, faria uma interpretação “livre”?
Análise do Discurso
Procura esclarecer os condicionamentos provocados pela ideologia na recepção de uma formação discursiva e suas manifestações textuais
Objetivo do trabalho:
analisar como ocorre o processo de produção e a compreensão de enunciados, bem como se entender como se dá a exclusão de indivíduos e idéias por serem rotulados como subversivos e hereges, principalmente no ambiente evangélico brasileiro após o
Golpe de 64.
1. IDEOLOGIA E FORMAÇÃO DISCURSIVA
l Ideologia:
Conjunto de representações que “servem para justificar e explicar a ordem social, as condições de vida do homem e as relações que ele mantém com os outros homens” (Fiorin 2001: 28)
O indivíduo se identifica com a posição em uma classe social.
SUJEITO ASSUJEITADO:
O indivíduo não pensa e não fala o que quer, mas o que a realidade impõe que ele pense e fale, tendo a ilusão de ser a origem do que diz.
Não seria possível uma compreensão/atitude responsiva ativa subjetiva. A compreensão estará cada vez mais condicionada à medida que seja mais intensa sua relação com a formação discursiva. “Tudo isso tendo como pano de fundo e ponto de chegada, quase que inevitavelmente as instituições” (Orlandi 1988:60)
IGREJA
l Promove fechamento e encurtamento de sentidos possíveis de leitura
l Qualquer ultrapassagem da leitura parafrástica promovida pela Igreja será classificada como pecado, rebeldia, blasfêmia
IDADE MÉDIA (séc. V ao séc. XV):
monopólio do saber = monopólio dos sentidos
Nascimento de subversivo e hereges
(processo assemelhado no protestantismo brasileiro pós 64)
2. DENOMINAÇÃO E SILENCIAMENTO
l Denominar como subversivos e hereges é uma ação de silenciamento, excluindo do universo de sentidos da instituição
l Silenciar “é a prática de processos de significação pelos quais ao dizer algo apagamos outros sentidos possíveis mas indesejáveis em uma situação discursiva dada” (Orlandi 1989: 40)
l O pastor (teólogo), no meio protestante, é o mediador, aquele que fixa sentidos, organiza relações e disciplina conflitos de sentidos
3. POLISSEMIA E PARÁFRASE
• Paráfrase:
sob formas diferentes, as mesmas coisas são ditas e lidas. O sentido é o já “dado”, necessita apenas ser “reconhecido”
• Polissemia:
é o campo do novo, fonte do sentido da linguagem, “responsável pelo fato de que são sempre possíveis sentidos diferentes, múltiplos” (Orlandi 2001: 20)
4. TIPOS DO DISCURSO
l Reversibilidade: é “a troca de papéis na interação que constitui o discurso e que o discurso constitui” (Orlandi 1996: 239)
l Lúdico: polissemia aberta, reversibilidade total
l Polêmico: equilíbrio = polissemia controlada, reversibilidade condicional
l Autoritário: paráfrase, ilusão de reversibilidade
O discurso religioso é uma espécie do discurso autoritário
Discurso Religioso
l Ilusão de reversibilidade pela profecia, pela visão, etc.
l Assimetria entre o Sujeito, Deus (plano espiritual) e os sujeitos, os homens (plano temporal)
l O representante não tem autonomia de voz
l Na Igreja cristã, a definição de sentidos está a cargo do teólogo
l Leitores independentes são perigosos para as igrejas
5. O PROTESTANTISMO BRASILEIRO
l Conferência do Nordeste: “Cristo e o processo revolucionário brasileiro” (Recife, 1962)
l Conflito conservadores x progressistas: a “Inquisição sem fogueiras”
l Teólogos de tendência social, como Rubem Alves e Richard Shaull, são desqualificados como “perigosos subversivos” e hereges e passam a ser segregados no ambiente protestante, cada vez mais fortemente conservador
l Silenciamento dos “credos sociais”
l Os evangélicos se tornam sustentáculos civis do Regime Militar (Cavalcanti 1985)
l Fim da Confederação Evangélica Brasileira e da União Cristã de Estudantes do Brasil
l Exclusão de fiéis causados de esquerdismo, ecumenismo, modernismo ou tendências renovadoras
Para Foucalt, o poder “se exerce e só existe em ato”; “o poder é essencialmente o que reprime” (Foucalt 1999: 21)
CONCLUSÃO
l Entendemos que por uma conjuntura ideológica, todo discurso voltado às preocupações sociais e à crítica do status quo no meio protestante brasileiro tende a ser excluído, tratado como herético
l A religião protestante procura se aliar em nosso país, ao discurso dominante, já que em sua mentalidade elitista se alimenta e ajuda a manter a ideologia dominante
Se você é novo por aqui, não se espante por eu ser evangélico. Digamos que eu não sou um evangélico muito convencional. Se você fuçar meus arquivos, vai encontrar muita Teologia da Revolução, muita busca por diálogo, muita loucura, muito amor, muito rock 'n roll. E muito amor por Deus. Muito amor pelo Deus das Revoluções, que faz novas todas as coisas, firma nossos passos e me introduziu no maravilhoso mundo dos blogs.
Ainda que a vida não esteja fácil, tenho certeza que vou sobreviver, viver, aprender, crescer. Enfim, ser mais eu, cada dia mais, depois de cada dor a mais.
Ainda que a vida não esteja fácil, tenho certeza que vou sobreviver, viver, aprender, crescer. Enfim, ser mais eu, cada dia mais, depois de cada dor a mais.
Ontem, oficialmente, voltei a ser editor do Jornal União. O Jornal volta a circular no sábado, 01 de novembro. Gostei de todas as mudanças que estão havendo e voltei a acreditar no projeto. Gosto também de trabalhar com o pessoa da Plus Propaganda.
Acredito mesmo que agora o jornal conseguirá ser um útil e imparcial veículo de comunicação da comunidade evangélica do estado.
Acredito mesmo que agora o jornal conseguirá ser um útil e imparcial veículo de comunicação da comunidade evangélica do estado.
Hoje devo apresentar O nascimento de subversivos e hereges: uma análise do discurso protestante brasileiro no Congresso de Iniciação Científica da UFRN. Na banca deverá estar um velho amigo de minha mãe, Spinelli. Estou um pouco nervoso, é claro. Acabei de preparar a apresentação em Power Point, mas também levarei transparências, para o caso de não haver Data Show.
Depois, à noite, estou indo para Fortaleza passar o fim de semana. Vou me encontrar amanhã com Susana, depois de quase um ano. Também é provável que esbarre em Raquel. Como será? Não sei. Só sei que hoje estou mais preparado do que há alguns meses para revê-la.
Depois, à noite, estou indo para Fortaleza passar o fim de semana. Vou me encontrar amanhã com Susana, depois de quase um ano. Também é provável que esbarre em Raquel. Como será? Não sei. Só sei que hoje estou mais preparado do que há alguns meses para revê-la.
Adriano não pôde dar aula ontem devido a Cientec. Olga o substituiu. E apresentou sua dissertação de mestrado e tese de doutorado, ambas sobre Fernando Collor de Melo. Muito interessante o trabalho, a análise.
Gostei de ver a última edição de Veja que ela analisou, já depois do impedimento do presidente. A legenda de uma foto dizia: De volta ao pó, uma clara referência ao consumo de cocaína pelo ex-presidente.
Gostei de ver a última edição de Veja que ela analisou, já depois do impedimento do presidente. A legenda de uma foto dizia: De volta ao pó, uma clara referência ao consumo de cocaína pelo ex-presidente.
Estou gostando mesmo de Enquanto o amor não vem, emprestado por Emília. A autora tem descrito muito bem o que ela chama de meio-tempo. Isso tem me ajudado a ver que muitas das minhas dúvidas e dores, que me faziam pensar que talvez eu não fosse normal são características desse tempo de espera pelo momento do amor. Significam que eu não estou pronto para experimentar a realidade de que a felicidade no amor se firma na minha felicidade com o amor por mim mesmo. Em outras palavras: esse é um momento em que eu deveria me ouvir mais, me preparar para o amor, porque o relacionamento perfeito nasce com um relacionamento perfeito conosco mesmo.
Uma coisa que me impressionou foi a história de amor da autora. Ela se apaixonou aos treze anos. Não ficaram juntos. Ela foi mãe solteira, casou três vezes. Quando tinha 28 anos, começou a viver com ele. Viveram juntos cinco anos. Separaram-se. Mais dez anos e ela, finalmente, com 43 anos, pôde se encontrar consigo mesma. E percebeu que não precisava daquele homem para ser feliz. Foi aí que ele voltou para a vida dela. Foi assim que, trinta anos depois, eles se casaram.
A única coisa que temo é que o livro não aponte o caminho. Quer dizer: seja uma excelente análise, mas sem nenhuma resposta.
Uma coisa que me impressionou foi a história de amor da autora. Ela se apaixonou aos treze anos. Não ficaram juntos. Ela foi mãe solteira, casou três vezes. Quando tinha 28 anos, começou a viver com ele. Viveram juntos cinco anos. Separaram-se. Mais dez anos e ela, finalmente, com 43 anos, pôde se encontrar consigo mesma. E percebeu que não precisava daquele homem para ser feliz. Foi aí que ele voltou para a vida dela. Foi assim que, trinta anos depois, eles se casaram.
A única coisa que temo é que o livro não aponte o caminho. Quer dizer: seja uma excelente análise, mas sem nenhuma resposta.
21.10.03
Grande emoção: este blog me possibilitou reencontrar minha irmã Lucinha, através do Mensenger. Ela descobriu meu blog, cadastrou meu e-mail e,depois de quase dois anos, nos falamos de novo. Beijos, minha irmã!
De novo Alice, lúcida, sobre o amor:
Existirmos, a que será que se destina?
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Existirmos, a que será que se destina?
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.
Descobri uma edição da revista Eclésia de abril de 2001. Ali, uma reportagem com o Pr. Marcos Cosmo, ordenado pela Igreja Batista Independente, ativista político mal visto em sua denominação. Atualmente, pastor anglicano. Ele foi fundador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto em Recife, participa de invasões, segue os princípios da desobediência civil de Martin Luther King, Jr.
Aí, ele diz:
Hoje, os pastores só querem igreja em bairro de classe média. Ninguém quer pastorear miseráveis, apesar de termos um grande contingente de evangélicos entre os que não têm nada.
Então, a matéria se encerra com Cosmo afirmando ter sentido na pele a frase de D. Hélder Câmara, morto em 1998:
Quando defendi os pobres, chamaram-me de cristão. Quando apontei as causas da pobreza, disseram que era comunista.
Rebelde, subversivo seriam sinônimos de comunista?
Aí, ele diz:
Hoje, os pastores só querem igreja em bairro de classe média. Ninguém quer pastorear miseráveis, apesar de termos um grande contingente de evangélicos entre os que não têm nada.
Então, a matéria se encerra com Cosmo afirmando ter sentido na pele a frase de D. Hélder Câmara, morto em 1998:
Quando defendi os pobres, chamaram-me de cristão. Quando apontei as causas da pobreza, disseram que era comunista.
Rebelde, subversivo seriam sinônimos de comunista?
Gente, Emília me emprestou um livro com o qual me identifiquei por demais. Estou devorando-o. Todo mundo deveria lê-lo. Enquanto o amor não vem. É algo inquietante e, ao mesmo tempo, reconfortante.
20.10.03
Pois é, é difícil entender o fim de uma história tão bonita.
Por fim, fiz as pazes com Amariles:
- Por que você está sem falar comigo? ela me perguntou.
- Não há resposta para a sua pergunta, respondi.
- Por que você está sem falar comigo? ela me perguntou.
- Não há resposta para a sua pergunta, respondi.
Nesse momento, a dor de sofrer com o sofrimento que infrinjo aos outros tem me provocado o desejo da desistência, do fim. Não suporto mais repetir os mesmo erros, causar as mesmas dores, levado pela imaturidade, insegurança e incapacidade de renovação e mudança de caminho.
Disse já a pessoas importantes na minha vida que eu devia andar com uma placa no pescoço Cuidado! Não se aproxime! Perigo!
Dói perceber que as mulheres que passaram pela minha vida foram sufocadas, feridas, machucadas. E com Priscila ocorreu o mesmo. É duro perceber que isso conduziu ao fim de uma bela história de amor.
Queria ter uma varinha mágica que me imunizasse contra esse vírus do amor. Primeiro, porque não suporto mais (é destruidor para mim) ver as mulheres que me amam sofrerem. Segundo, eu mesmo não quero mais sofrer.
Você me dirá: é possível mudar. Mas eu não conheço o caminho e você não quis está comigo na descoberta...
(escrevi esse texto há duas semanas, mas o mantive suspenso nesse período de incerteza)
Disse já a pessoas importantes na minha vida que eu devia andar com uma placa no pescoço Cuidado! Não se aproxime! Perigo!
Dói perceber que as mulheres que passaram pela minha vida foram sufocadas, feridas, machucadas. E com Priscila ocorreu o mesmo. É duro perceber que isso conduziu ao fim de uma bela história de amor.
Queria ter uma varinha mágica que me imunizasse contra esse vírus do amor. Primeiro, porque não suporto mais (é destruidor para mim) ver as mulheres que me amam sofrerem. Segundo, eu mesmo não quero mais sofrer.
Você me dirá: é possível mudar. Mas eu não conheço o caminho e você não quis está comigo na descoberta...
(escrevi esse texto há duas semanas, mas o mantive suspenso nesse período de incerteza)
Agradecerei sempre (e jamais esquecerei), amor tão desisteressado, tão puro, tão fiel e tão precioso, como foi preciosa a sua passagem na minha vida.
Eu e ela
(Nando Reis)
Voce quis terminar
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou as Janelas
Pra nao pensar mais em mim
E eu te pergunto
Pra Que
Nao vou te Procurar
Vou deixar voce me esquecer
Pra encontrar a pessoa mais certa
Que possa lhe amar
Bem longe de mim
E eu te pergunto
Por que
Entenda ou nao entendo nada
Estendo a mao sem dar um beijo
Escrevo as ultimas palavras
Enfrento ou finjo que nao vejo
Espelho meu, desiste dessa cara
Esqueço ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-la
Entrego a ela todos os segredos
Ela que era tudo para mim
Foi tudo para mim
Tudo
Voce quis terminar
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou as Janelas
Pra nao pensar mais em mim
E eu te pergunto
Por que
Entenda ou nao entendo nada
Estendo a mao sem dar um beijo
Escrevo as ultimas palavras
Enfrento ou finjo que nao vejo
Espelho meu, desiste dessa cara
Esqueco ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-la
Entrego a ela todos os segredos
Mas nem tudo para mim
sumiu com ela
E já que ela
e quem ficou sem mim
(Nando Reis)
Voce quis terminar
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou as Janelas
Pra nao pensar mais em mim
E eu te pergunto
Pra Que
Nao vou te Procurar
Vou deixar voce me esquecer
Pra encontrar a pessoa mais certa
Que possa lhe amar
Bem longe de mim
E eu te pergunto
Por que
Entenda ou nao entendo nada
Estendo a mao sem dar um beijo
Escrevo as ultimas palavras
Enfrento ou finjo que nao vejo
Espelho meu, desiste dessa cara
Esqueço ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-la
Entrego a ela todos os segredos
Ela que era tudo para mim
Foi tudo para mim
Tudo
Voce quis terminar
Pediu que fosse assim
Trancou a porta e fechou as Janelas
Pra nao pensar mais em mim
E eu te pergunto
Por que
Entenda ou nao entendo nada
Estendo a mao sem dar um beijo
Escrevo as ultimas palavras
Enfrento ou finjo que nao vejo
Espelho meu, desiste dessa cara
Esqueco ou fico com desejo
Espero mais ou devo apaga-la
Entrego a ela todos os segredos
Mas nem tudo para mim
sumiu com ela
E já que ela
e quem ficou sem mim