Minha primeira opinião
29.11.03
Vi na tevê que o país até outrobro atingiu um superávit primário de 64 bilhões de reais. A custa de quantas vidas?
Se eu pudesse estar frente a frente com o Presidente Lula, faria a seguinte pergunta:
Em primeiro lugar, quero dizer que entendo que dependência difere de independência. E ambas são diferentes de interdependência. Acredito que a interdependência é essencial para a construção de relações saudáveis. Em nível pessoal, em nível social, em nível econômico, em nível político. E, principalmente, em nível internacional. Esse é o primeiro ponto.
A interdependência sendo afirmada possibilita a uma nação como a nossa um desenvolvimento autônomo e libertário.
Eu votei no candidato Lula por acreditar que seu cabedal histórico e político poderiam ser potência para que um seu governo pudesse realizar esse tipo de desenvolvimento.
O governo FHC jogou o Brasil integralmente à dependência do capital externo especulativo, esgotando suas energias produtivas, estrangulando nossa produção, gerando esse quadro de desemprego estrutural e efetivo que está aí. FH aumentou, e muito, a concentração de renda e a desiguladade social.
Votei em Lula acreditando que somente ele poderia romper com a política monetarista que privilegia o capital virtual das bolsas de valores. Que somente ele poderia centrar fogo nas políticas que reduziriam a desigualdade desse país.
O Estado mínimo, efetivado pelos governos anteriores, se furta às obrigações de prover previdência social, ação social, cortando gastos em investimentos sociais. Tudo, no nosso caso, para atingir superávits primários a fim de pagar a nossa (impagável e já paga) dívida.
Lula ainda não indicou qúe possa romper com isso. Sei que seu governo não é mais do PT, mas de toda a gama de aliados (da esquerda do PC do B e PPS, à direita do PP).
Mas a minha pergunta é simples:
Ainda posso esperar a Revolução Social prometida por Dirceu no seu discurso de posse para esse governo?
Ou será que Lula está nos condenando a um excelente, conservador e frustrante mandato?
Será, meu Deus, que eu também sonhei o sonho errado?
Será que meu pai também sonhou esse sonho errado, ele e os tantos militantes que construíram o PT?
Se eu pudesse estar frente a frente com o Presidente Lula, faria a seguinte pergunta:
Em primeiro lugar, quero dizer que entendo que dependência difere de independência. E ambas são diferentes de interdependência. Acredito que a interdependência é essencial para a construção de relações saudáveis. Em nível pessoal, em nível social, em nível econômico, em nível político. E, principalmente, em nível internacional. Esse é o primeiro ponto.
A interdependência sendo afirmada possibilita a uma nação como a nossa um desenvolvimento autônomo e libertário.
Eu votei no candidato Lula por acreditar que seu cabedal histórico e político poderiam ser potência para que um seu governo pudesse realizar esse tipo de desenvolvimento.
O governo FHC jogou o Brasil integralmente à dependência do capital externo especulativo, esgotando suas energias produtivas, estrangulando nossa produção, gerando esse quadro de desemprego estrutural e efetivo que está aí. FH aumentou, e muito, a concentração de renda e a desiguladade social.
Votei em Lula acreditando que somente ele poderia romper com a política monetarista que privilegia o capital virtual das bolsas de valores. Que somente ele poderia centrar fogo nas políticas que reduziriam a desigualdade desse país.
O Estado mínimo, efetivado pelos governos anteriores, se furta às obrigações de prover previdência social, ação social, cortando gastos em investimentos sociais. Tudo, no nosso caso, para atingir superávits primários a fim de pagar a nossa (impagável e já paga) dívida.
Lula ainda não indicou qúe possa romper com isso. Sei que seu governo não é mais do PT, mas de toda a gama de aliados (da esquerda do PC do B e PPS, à direita do PP).
Mas a minha pergunta é simples:
Ainda posso esperar a Revolução Social prometida por Dirceu no seu discurso de posse para esse governo?
Ou será que Lula está nos condenando a um excelente, conservador e frustrante mandato?
Será, meu Deus, que eu também sonhei o sonho errado?
Será que meu pai também sonhou esse sonho errado, ele e os tantos militantes que construíram o PT?
É possível unir na mesma construção política Revolução Social, Justiça, Democracia e Neoliberalismo?
28.11.03
Al Pacino, o demônio em O advogado do diabo, diz que seu pecado favorito é a vaidade. A vaidade é o ponto de toque que pode deixar qualquer um profundamente transformado. Que pode afundar profundamente também.
Minha avó acredita que os caracteres das pessoas são como os das ficções. Quer dizer, pessoas, para ela, são boas ou más. Não acredito que as pessoas reais são necessariamente boas ou más. Elas são boas e más. Somos capazes de atos de profunda beleza mas também podemos agir com intensa baixeza, especialmente quando conduzidos pela vaidade.
Disse tudo isso para falar sobre o dono do jornal que edito. Sinto muito por ele ser alguém que é completamente inconfiável em seu universo de ação. Sinto por ele ser limitado de uma maneira que se torna difícil até mensurar. Limitado intelectual, emocional, afetiva, culturalmente. Ele tem boas idéias mas tem sido incapaz de conduzí-las.
Seu problema principal é a vaidade. Sua vaidade não o deixa sonhar o jornal e sim, apenas, sua própria exposição, prestígio e poder através do veículo. Essa vaidade o conduziu à perda da credibilidade pessoal. E o está conduzindo, pouco a pouco, à derrocada do jornal.
Porém, alguns, como eu, acreditam no projeto e se propusseram a socorrer o União. Com a condição de que ele abrisse mão da incompetência e deixasse as posições de mando.
Em nome da sobrevivência, mexemos na sua vaidade. O confronto espocou nesta segunda edição da nova fase. E é bem provável que o jornal viva agora seus últimos dias. Derrocada provocada pela vaidade.
Egídio precisa se encontrar. Reconhecer seus limites, explorá-los e se ajustar assim em busca de mudança. Ele precisa mudar e pode fazer isso. No entanto, para isso, precisa se ouvir e perceber a confusão que se tornou seu ser.
Ele pode mudar, abrindo mão da vaidade pessoal, vivendo um projeto de vida novo, mais real e libertador.
Minha avó acredita que os caracteres das pessoas são como os das ficções. Quer dizer, pessoas, para ela, são boas ou más. Não acredito que as pessoas reais são necessariamente boas ou más. Elas são boas e más. Somos capazes de atos de profunda beleza mas também podemos agir com intensa baixeza, especialmente quando conduzidos pela vaidade.
Disse tudo isso para falar sobre o dono do jornal que edito. Sinto muito por ele ser alguém que é completamente inconfiável em seu universo de ação. Sinto por ele ser limitado de uma maneira que se torna difícil até mensurar. Limitado intelectual, emocional, afetiva, culturalmente. Ele tem boas idéias mas tem sido incapaz de conduzí-las.
Seu problema principal é a vaidade. Sua vaidade não o deixa sonhar o jornal e sim, apenas, sua própria exposição, prestígio e poder através do veículo. Essa vaidade o conduziu à perda da credibilidade pessoal. E o está conduzindo, pouco a pouco, à derrocada do jornal.
Porém, alguns, como eu, acreditam no projeto e se propusseram a socorrer o União. Com a condição de que ele abrisse mão da incompetência e deixasse as posições de mando.
Em nome da sobrevivência, mexemos na sua vaidade. O confronto espocou nesta segunda edição da nova fase. E é bem provável que o jornal viva agora seus últimos dias. Derrocada provocada pela vaidade.
Egídio precisa se encontrar. Reconhecer seus limites, explorá-los e se ajustar assim em busca de mudança. Ele precisa mudar e pode fazer isso. No entanto, para isso, precisa se ouvir e perceber a confusão que se tornou seu ser.
Ele pode mudar, abrindo mão da vaidade pessoal, vivendo um projeto de vida novo, mais real e libertador.
Um amigo está com problemas. Cedeu e traiu a parceira. E agora está se vendo pressionado por todos os lados.
Não tive a chance de ir muito longe na conversa com ele. Mas pude dizer que é melhor que dôa agora pouco (por muito que seja) do que insuportavelmente no futuro. Quer dizer, é melhor ser sincero e honesto consigo mesmo e com ela.
Ela pode nunca vir a saber o que houve e, então, a mentira e a omissão passariam incólumes, abençoadas. Mas, especialmente porque muitos já sabem, é bem provável que ela descubra. E aí a dor alcançaria patamares insuportáveis. A traição seria dupla quando ele permitisse que ela soubesse a verdade por uma terceira pessoa.
Enfim, por mais difícil que seja, quando errarmos sejamos livres e firmes o suficiente para sermos honestos, integrais. A verdade ainda é o caminho de menor dor.
Não tive a chance de ir muito longe na conversa com ele. Mas pude dizer que é melhor que dôa agora pouco (por muito que seja) do que insuportavelmente no futuro. Quer dizer, é melhor ser sincero e honesto consigo mesmo e com ela.
Ela pode nunca vir a saber o que houve e, então, a mentira e a omissão passariam incólumes, abençoadas. Mas, especialmente porque muitos já sabem, é bem provável que ela descubra. E aí a dor alcançaria patamares insuportáveis. A traição seria dupla quando ele permitisse que ela soubesse a verdade por uma terceira pessoa.
Enfim, por mais difícil que seja, quando errarmos sejamos livres e firmes o suficiente para sermos honestos, integrais. A verdade ainda é o caminho de menor dor.
Já falei do pastor Wellington Santos. Ele é o entrevistado desta edição do Jornal União. Particularmente, acredito que essa seja a melhor entrevista da história do jornal.
Sensível, inteligente e perspicaz, Wellington polemiza e sensibiliza. E bastante. Ele acredita que independente do rótulo que lhe dermos (se Teologia da Libertação, Missão Integral), a teologia tem obrigação de libertar o homem para que seja plenamente humano. E se entregue a relacionamentos concretos e relevantes com outros seres humanos e com o mundo. Lutando contra todas as opressões que nos fazem menos gente.
Ele valoriza, assim, as coisas mais preciosas que alguém pode ter: a si mesmo, sua cultura, sua história, sua fé, seu Deus.
Ao ler a entrevista de Wellington, que chega a dizer que Che Guevara foi mais cristão que ele mesmo é, me emocionei com o poder e a relevância impactante de suas idéias.
Sensível, inteligente e perspicaz, Wellington polemiza e sensibiliza. E bastante. Ele acredita que independente do rótulo que lhe dermos (se Teologia da Libertação, Missão Integral), a teologia tem obrigação de libertar o homem para que seja plenamente humano. E se entregue a relacionamentos concretos e relevantes com outros seres humanos e com o mundo. Lutando contra todas as opressões que nos fazem menos gente.
Ele valoriza, assim, as coisas mais preciosas que alguém pode ter: a si mesmo, sua cultura, sua história, sua fé, seu Deus.
Ao ler a entrevista de Wellington, que chega a dizer que Che Guevara foi mais cristão que ele mesmo é, me emocionei com o poder e a relevância impactante de suas idéias.
Em tempo:
Wellington deve ter chocado meio mundo pregando no Prosseguir, Congresso de Jovens da Igreja do Nazareno de Natal, no último fim de semana.
Wellington deve ter chocado meio mundo pregando no Prosseguir, Congresso de Jovens da Igreja do Nazareno de Natal, no último fim de semana.
27.11.03
Registro a visita de Angel. Mais um dos meus ícones na comunidade blogueira que marca, para minha honra, a presença neste blog.
Finalmente, algo novo aqui.
Ultimamente tenho me sentido, digamos, útil. Tenho me sentido bem comigo e, importante, bem em relação às outras pessoas. Por isso, pesaram tanto os atritos recentes em casa e com Priscila.
Tem sido muito bom me sentir companheiro de amigos como Adriano, Emília, Queila, Rebecca. Estar certo de que minhas palavras estão conduzindo à reflexão porque traduzem o que de mais profundo está se movendo dentro de mim. É muito bom ter certeza, principalmente, de que o que tenho falado e que tem servido aos amigos é muito real, especialmente para mim mesmo. São coisas que pulsam dentro de mim e querem se manifestar, tocar, explodir no seio das pessoas. São coisas que estão revolucionando toda a minha vida, toda a minha visão. Estão me revolucionando e me ajudando a colocar as coisas em ordem dentro de mim.
E, por isso, eu quero ver essa ordem revolucionária de amor também envolvendo as pessoas à minha volta. E isso me faz querer ser um amigo real. Que possa não servir para nada e possa servir então para tudo.
Tem sido bom me sentir bênção na vida das pessoas. Ouvir palavras de gratidão. De Rosinha, de Érica, de Adriano, de Grillo.
Enfim, está cada vez mais difícil escapar da vocação. Eu amo o Deus que me chamou para ser pastor. Que possa não servir para nada e possa servir então para tudo.
Tem sido muito bom me sentir companheiro de amigos como Adriano, Emília, Queila, Rebecca. Estar certo de que minhas palavras estão conduzindo à reflexão porque traduzem o que de mais profundo está se movendo dentro de mim. É muito bom ter certeza, principalmente, de que o que tenho falado e que tem servido aos amigos é muito real, especialmente para mim mesmo. São coisas que pulsam dentro de mim e querem se manifestar, tocar, explodir no seio das pessoas. São coisas que estão revolucionando toda a minha vida, toda a minha visão. Estão me revolucionando e me ajudando a colocar as coisas em ordem dentro de mim.
E, por isso, eu quero ver essa ordem revolucionária de amor também envolvendo as pessoas à minha volta. E isso me faz querer ser um amigo real. Que possa não servir para nada e possa servir então para tudo.
Tem sido bom me sentir bênção na vida das pessoas. Ouvir palavras de gratidão. De Rosinha, de Érica, de Adriano, de Grillo.
Enfim, está cada vez mais difícil escapar da vocação. Eu amo o Deus que me chamou para ser pastor. Que possa não servir para nada e possa servir então para tudo.
Ontem conversei com meu pastor por muito tempo ao telefone. Falei sobre a rota de aproximação que ele tomou em direção aos jovens da igreja no último domingo. Aliás, domingo foi um dia marcante, como já disse antes.
Estamos aqui no meio da madrugada eu e André trabalhando no Jornal União. Será ainda uma noite cansativa e sem inspiração.
Correção em tempo: o texto que Emília me mandou, que eu postei abaixo atribuído a Arnaldo Jabor, segundo Érica, é de Martha Medeiros.
26.11.03
Dia complicado. Esperando para finalizar o Jornal, o computador da agência teve problema. Tive de vir para a universidade, para aula, na expectativa de passar a noite em claro para terminar o União. Voltarei para lá ao fim dos trabalhos aqui.
Sinto a ausência de partilhar mais com vocês.
Sinto a ausência de partilhar mais com vocês.
A crônica abaixo foi escrita pelo meu pastor:
Crônica do fim
(Kleber Nobre de Queiroz)
Nos sentamos lado a lado ao crepúsculo. Embora juntos, estávamos distantes. As palavras que ao longo dos anos encheram as nossas vidas silenciaram. Na melodia das nossas vidas já não há mais alegros, colcheias; só pausa e silêncio.
Onde foi que a música cessou em nossas vidas? Porque deixamos cessar em nossas vidas o barulho de risos, a palavra doce que enternece a alma? Porque colocamos armaduras e armamos trincheiras, construímos casamatas e juntos fuzilamos o amor com o duro metal das palavras incandescentes e mortais?
Agora, estamos aqui, tanta coisa para dizer, mas a noite faz cair sobre nós um véu denso de silêncio e dor.
Há um gemido silencioso, um soluço afogado dentro de nós. Sepultamos sonhos e sacrificamos as esperanças no altar do nosso orgulho.
As estrelas já brilham, indiferentes à nossa tristeza, quase riem da nossa dor.
É noite, é dor, é silêncio, é solidão. O amor morreu. Ficou ali insepulto, estendido em um banco de uma praça à beira-mar. As ondas vão e vem continuamente em ritmos lento e preguiçoso. Nós partimos, nem mesmo um triste adeus se ouviu naquela noite fria.
Crônica do fim
(Kleber Nobre de Queiroz)
Nos sentamos lado a lado ao crepúsculo. Embora juntos, estávamos distantes. As palavras que ao longo dos anos encheram as nossas vidas silenciaram. Na melodia das nossas vidas já não há mais alegros, colcheias; só pausa e silêncio.
Onde foi que a música cessou em nossas vidas? Porque deixamos cessar em nossas vidas o barulho de risos, a palavra doce que enternece a alma? Porque colocamos armaduras e armamos trincheiras, construímos casamatas e juntos fuzilamos o amor com o duro metal das palavras incandescentes e mortais?
Agora, estamos aqui, tanta coisa para dizer, mas a noite faz cair sobre nós um véu denso de silêncio e dor.
Há um gemido silencioso, um soluço afogado dentro de nós. Sepultamos sonhos e sacrificamos as esperanças no altar do nosso orgulho.
As estrelas já brilham, indiferentes à nossa tristeza, quase riem da nossa dor.
É noite, é dor, é silêncio, é solidão. O amor morreu. Ficou ali insepulto, estendido em um banco de uma praça à beira-mar. As ondas vão e vem continuamente em ritmos lento e preguiçoso. Nós partimos, nem mesmo um triste adeus se ouviu naquela noite fria.
24.11.03
Você tem percebido as pessoas que rodeiam você, que passam ao seu lado?
Preste atenção: ainda é tempo de evitar a perda de alguém importante: você mesmo.
Preste atenção: ainda é tempo de evitar a perda de alguém importante: você mesmo.
Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
Mateus 5. 23-24
O dia na igreja foi de impacto profundo. As duas mensagens e os dois cultos mexeram com as estruturas de muita gente. Quer dizer, penso que ao menos deveriam ter mexido. Comigo mexeram, o que importa.
Pela manhã, o tema foi Quem não tiver pecado atire a primeira pedra. À noite não foi somente a mensagem; tudo me inquietou.
Quando Eliane chegou à igreja, a ficha começou a cair. O texto acima acendeu-se com força no coração e na mente. Fui estúpido com Priscila quinta-feira. Como poderia falar tanto em reconciliação, sobre perdão e ter uma atitude tão estúpida?
Antes mesmo de vir a pregação (que foi sobre amor e perdão) o peso de Mt. 5. 23 e 24 já me fizera roubar o celular de Rodrigo e enviar um pedido de perdão à Priscila.
Pensei nela. Pensei em minha irmã Yasmine. Pensei em Raquel. E pensei, por outro lado, em tanto amor que pode me envolver naquele lugar, com aquelas pessoas.
E agora penso em Ricardo, tio de Priscila, incrivelmente amável e sensível no culto de ontem à noite. Sua mãe ainda inspira cuidados. Isso deve mexer com os fundamentos de um homem.
Mateus 5. 23-24
O dia na igreja foi de impacto profundo. As duas mensagens e os dois cultos mexeram com as estruturas de muita gente. Quer dizer, penso que ao menos deveriam ter mexido. Comigo mexeram, o que importa.
Pela manhã, o tema foi Quem não tiver pecado atire a primeira pedra. À noite não foi somente a mensagem; tudo me inquietou.
Quando Eliane chegou à igreja, a ficha começou a cair. O texto acima acendeu-se com força no coração e na mente. Fui estúpido com Priscila quinta-feira. Como poderia falar tanto em reconciliação, sobre perdão e ter uma atitude tão estúpida?
Antes mesmo de vir a pregação (que foi sobre amor e perdão) o peso de Mt. 5. 23 e 24 já me fizera roubar o celular de Rodrigo e enviar um pedido de perdão à Priscila.
Pensei nela. Pensei em minha irmã Yasmine. Pensei em Raquel. E pensei, por outro lado, em tanto amor que pode me envolver naquele lugar, com aquelas pessoas.
E agora penso em Ricardo, tio de Priscila, incrivelmente amável e sensível no culto de ontem à noite. Sua mãe ainda inspira cuidados. Isso deve mexer com os fundamentos de um homem.