Minha primeira opinião
5.2.05
Deus é tudo o que eu tenho (final)
Lm. 3. 24
Leia mais aqui.
4.2.05
Eu e Bush, por exemplo, dormimos obedecendo aos meus preceitos de nossos corpos mortais. Provavelmente, somos idênticos quando vamos fazer nossas necessidades fisiológicas. Na hora da morte, morreremos sozinhos. Mas o que faz sermos tão diferentes? Ele ter tanto poder e eu tão pouco?
Quando olho para o mendigo passando na rua, recolhendo restos no lixo do meu prédio, me pergunto também que diferença ontológica existe entre nós. Não acho resposta. Logo, não consigo compreender porque temos vidas tão diferentes. O sujeito nasce na rua, filho da rua, vive na rua, tem filhos na rua, morrerá na rua. Eu, ao contrário, mal ou bem tive uma família, estudei, com sacrifício, na melhor escola de Natal, terminei um curso superior, estou fazendo mestrado. Qual a diferença entre nós? Há algum sentido nisso tudo?
As idéias de diferenças e lutas de classes são muito assépticas para mim nesse caso. Classes se assemelham assim a guetos aos quais estaríamos condenados para sempre. Assim, o filho do gari só pode ser gari. E ninguém pode fazer nada com isso. E qualquer tentativa de mudança do quadro se tornaria virtualmente impossível.
Pior do que essa era a resposta medieval de que tudo era vontade de Deus. Medieval em termos, porque muitos religiosos pensam assim ainda. Ou em termos de teologia da prosperidade ou em termos dispensacionalistas (aqueles que acham que quanto pior melhor, porque significa a proximidade da volta de Cristo). A resposta religiosa é que o pobre é pobre porque é a vontade de Deus. O que engessa qualquer intuito revolucionário também, porque, assim, fazer revolução é enfrentar a vontade de Deus.
Mas é um beco sem saída. Não encontro respostas nisso tudo. Nem quanto ao que significa, nem quanto o que se pode fazer. Só sei que não é confortável se ver como parte de uma elite e sentir mãos e pés atados quanto ao que pode ser transformado.
Deus é tudo o que eu tenho (parte 3)
Lm. 3. 24
Leia mais aqui.
3.2.05
Deus é tudo o que eu tenho (parte 2)
A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nEle.
Lm. 3. 24
Leia mais aqui.
2.2.05
Estava lendo uma matéria no UOL de uma revista chamada Prospect Magazine. Coisas interessantes do mundo da ciência. A matéria fala sobre as mais contemporâneas teorias acerca do funcionamento, da origem e do fim do universo. Um dos dados interessantes é que o estudo do espaço sideral já constatou a idade real do nosso universo: 13, 7 bilhões de anos, com uma margem de erro de um por cento.
Note que eu falei em nosso universo, já que é cada vez maior o número de cientistas que defendem a existência de multiuniversos e de um hiperespaço que os uniria de alguma maneira. A matéria fala um pouco sobre a teoria das cordas e as idéias acerca dos chamados buracos de minhoca.
O ponto preocupante para a vida inteligente diz respeito à expansão do universo, noção desenvolvida por Hubble, cientista que deu nome ao megatelescópio que olha o céu por nós da órbita da Terra. Por essa teoria, que cada dia se comprova mais, a expansão vai parar em algum momento daqui a bilhões anos. E o universo vai, literalmente, congelar. As partículas, todas elas, vão parar. E a vida inteligente vai cessar neste universo.
Segundo a ciência, é lei natural a vida se adaptar, fugir ou morrer diante de um cataclisma como esse. Como nenhum ser inteligente quer morrer e como se adaptar será impossível porque este universo vai parar, a idéia é fugir. Fugir para outro lugar, outro universo. Que viagem louca seria essa!
Contei toda essa história porque lê-la me fez recordar a proposta reggaeira do ministro Gil. O universo vai morrer, um dia. E a ciência nos diz que deveremos fugir. Fugir para outro lugar.
(Gilberto Gil)
Deste lugar, baby
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde quer que você vá
Que você me carregue
Pois diga que irá
Irajá, Irajá
Pronde eu só veja você
Você veja a mim só
Marajó, Marajó
Qualquer outro lugar comum
Outro lugar qualquer
Guaporé, Guaporé
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul
Céu azul, céu azul
Onde haja só meu corpo nu
Junto ao seu corpo nu
Vamos fugir
Proutro lugar, baby
Vamos fugir
Pronde haja um tobogã
Onde a gente escorregue
Todo dia de manhã
Flores que a gente regue
Uma banda de maçã
Outra banda de reggae
Deus é tudo o que eu tenho (parte 1)
Lm. 3. 24
Leia mais aqui.
31.1.05
Pense n´eu
(Gonzaguinha)
Pense n'eu quando em vez coração
pense n'eu vez em quando
onde estou, onde estarei
se sorrindo ou se chorando
pense n'eu... vez em quando
Tô na estrada, tô sorrindo apaixonado
pela gente e pelo povo do meu país
olêlê
tô feliz pois apesar do sofrimento
vejo um povo de alegria bem na raíz
vamos lá
alegria muita paz e esperança
na esperança de fazer tudo melhor
e será
alegria o meu nome é união
e povo unido é beleza mais maior
Meditação, espaço que a gente concede em nossa vida para que Deus fale conosco, é ponto básico para a nossa vida cristã. Ouvir a Deus é essencial na vida.
Às vezes tenho recebido críticas quanto ao fato de que nem tudo o que me proponho a pregar e ensinar faz parte de minha vida e do meu caráter. Esse estudo sobre a meditação me fez ter certeza que isso não é justo. Quando prego ou ensino algo que ainda não consigo viver estou falando para mim mesmo. A Palavra, como espada de dois gumes, também corta o pregador. Desafia-nos. Ensina-nos. Instrui-nos.