Minha primeira opinião
11.10.03
De Alice, sobre o amor:
Porque tanto sobre amor?
Bem, porque eu amo. Não porque eu assim decidi racional ou conscientemente. Amo porque o Amor me escolheu para amar desta forma, ardente, impulsiva, e ao mesmo tempo (o amor permite o paradoxo) serena e profundamente. O amor arde na minha pele e arranha deixando cicatrizes, marcas eternas. Embriaga-me com sua nítida lucidez. Amo porque o meu corpo exige, porque a minha implora, amo porque fui exilada de minha vontade. Amo porque sou, como o Sol e as estrelas, conduzida pelo Amor. É o amor que move o Sol e as estrelas, como escreveu Dante. Amo porque a presença do que eu sinto trouxe sentido a fragmentos da minha história espalhados pelo vento. Amo, não sei se demais ou o tanto certo. Não tenho amormômetro. Tenho apenas a confiança de que eu fui agraciada por Deus, e posso provar dele, que é Amor, cada vez que me interpelo quanto ao que em mim pulsa. Amo porque meus sentidos estão mais alertas, amo porque minha alma está lânguida. Amo porque o amor se faz intumescente, e porque se contrai, e pulsa, e clama. Amo porque há fogo e chama. Amo porque o Amor me chama, de dentro de um labirinto, onde meu caminho se bifurca num ser que parte e num ser que se parte, ao ficar. Amo porque as flores existem, porque o mar existe, porque o tudo, inclusive o nada está disponível. Amo poque o amor constrói possibilidades e derruba limites, arrasa fronteiras e muros e aponta para novas pontes. Amo porque há doçura nas fontes. Amo porque o amor inunda.
Amo.
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Porque tanto sobre amor?
Bem, porque eu amo. Não porque eu assim decidi racional ou conscientemente. Amo porque o Amor me escolheu para amar desta forma, ardente, impulsiva, e ao mesmo tempo (o amor permite o paradoxo) serena e profundamente. O amor arde na minha pele e arranha deixando cicatrizes, marcas eternas. Embriaga-me com sua nítida lucidez. Amo porque o meu corpo exige, porque a minha implora, amo porque fui exilada de minha vontade. Amo porque sou, como o Sol e as estrelas, conduzida pelo Amor. É o amor que move o Sol e as estrelas, como escreveu Dante. Amo porque a presença do que eu sinto trouxe sentido a fragmentos da minha história espalhados pelo vento. Amo, não sei se demais ou o tanto certo. Não tenho amormômetro. Tenho apenas a confiança de que eu fui agraciada por Deus, e posso provar dele, que é Amor, cada vez que me interpelo quanto ao que em mim pulsa. Amo porque meus sentidos estão mais alertas, amo porque minha alma está lânguida. Amo porque o amor se faz intumescente, e porque se contrai, e pulsa, e clama. Amo porque há fogo e chama. Amo porque o Amor me chama, de dentro de um labirinto, onde meu caminho se bifurca num ser que parte e num ser que se parte, ao ficar. Amo porque as flores existem, porque o mar existe, porque o tudo, inclusive o nada está disponível. Amo poque o amor constrói possibilidades e derruba limites, arrasa fronteiras e muros e aponta para novas pontes. Amo porque há doçura nas fontes. Amo porque o amor inunda.
Amo.
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Amigo leitor, lembre: cremos em um Deus que não apaga a torcida que fumega, não quebra a cana quebrada. Quer dizer: cremos em um Deus que restaura, não destrói; que prefere que o pecador se arrependa e viva; que é Amor.
Conversava ontem com amigos sobre Jota Quest. Poucas vezes nos últimos anos ouvi canções de amor tão bonitas quanto Amor maior e Só hoje. Mas não consigo gostar do grupo. Primeiro porque não consigo pensar um grupo de rock que seja bom apenas com músicas românticas. Depois, não consigo gostar da voz de Rogério Flausino. Aliás, acho que ele canta mal mesmo. Mas as canções são simplesmente lindas.
O rock, como a Igreja, penso eu, precisa ter consciência social crítica. Precisa falar sobre os defeitos da sociedade, precisa apontar caminhos, precisa despertar consciências. Penso que isso faz parte da essência do rock e da Igreja.
É por isso que mesmo sendo evangélico percebi que posso gostar dos Titãs. Eles são capazes de dizer as coisas que precisam ser ditas sobre esse mundo que perece, de diferentes maneiras, sob o poder do Maligno.
Não só eles, mas gente como O Rappa, por exemplo.
O mesmo sendo , da frase acima, implica que na cabeça de alguns, especialmente daqueles que vêem todo o conhecimento possível restrito à Bíblia, evangélico não pode gostar de um bando como os Titãs, nem ver verdade nas palavras ditas e cantadas por Branco Mello, Paulo Miklos e Sérgio Britto.
O rock, como a Igreja, penso eu, precisa ter consciência social crítica. Precisa falar sobre os defeitos da sociedade, precisa apontar caminhos, precisa despertar consciências. Penso que isso faz parte da essência do rock e da Igreja.
É por isso que mesmo sendo evangélico percebi que posso gostar dos Titãs. Eles são capazes de dizer as coisas que precisam ser ditas sobre esse mundo que perece, de diferentes maneiras, sob o poder do Maligno.
Não só eles, mas gente como O Rappa, por exemplo.
O mesmo sendo , da frase acima, implica que na cabeça de alguns, especialmente daqueles que vêem todo o conhecimento possível restrito à Bíblia, evangélico não pode gostar de um bando como os Titãs, nem ver verdade nas palavras ditas e cantadas por Branco Mello, Paulo Miklos e Sérgio Britto.
Disse aqui outro dia que Pitty não fazia o meu gênero mas eu gostava de Máscara. Como eu descobri que Admirável chip novo é muito bom, acabo de perceber que, na verdade, gosto de Pitty:
Admirável Chip Novo
(Pitty)
Pane no sistema alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mais lá vem eles novamente e eu sei o que vou fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more gaste e viva
Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor
Admirável Chip Novo
(Pitty)
Pane no sistema alguém me desconfigurou
Aonde estão meus olhos de robô?
Eu não sabia, eu não tinha percebido
Eu sempre achei que era vivo
Parafuso e fluído em lugar de articulação
Até achava que aqui batia um coração
Nada é orgânico é tudo programado
E eu achando que tinha me libertado
Mais lá vem eles novamente e eu sei o que vou fazer:
Reinstalar o sistema
Pense, fale, compre, beba
Leia, vote não se esqueça
Use, seja, ouça, diga
Tenha, more gaste e viva
Não senhor, Sim senhor, Não senhor, Sim senhor
Sabe, tenho sentido a sua falta! Sinto falta de um pouco dos meus sonhos...
Afinal,
não dá prá imaginar quando
é cedo ou tarde demais
pra dizer adeus
pra dizer jamais
Afinal,
não dá prá imaginar quando
é cedo ou tarde demais
pra dizer adeus
pra dizer jamais
10.10.03
Como se fosse possível, o Marco se superou:
O jardim das veredas que se bifurcam
Se levarmos em conta que o Cosmos seja infinito, teremos que admitir que são infinitas suas partículas e também infinitas suas possibilidades. Raciocinando assim, é inevitável que pensemos num cenário de múltiplos universos, sendo que em alguns deles existem outras Vias Lácteas, Sistemas Solares como o nosso, planetas como este, duplicatas de cada um de nós.
Há um conto de Jorge Luis Borges entitulado O Jardim Das Veredas Que Se Bifurcam. Nele, um velho chinês se propõe a escrever um populoso romance e a construir um labirinto no qual todos os homens se percam, e gasta treze anos nessa tarefa, até sua morte. Séculos depois, já na I Guerra Mundial, um seu descendente descobre, através de um sinólogo inglês, a verdadeira natureza da obra de seu antepassado: o romance e o labirinto eram na verdade uma coisa só. A obra literária, aparentemente caótica e sem sentido algum, na verdade tem a ambição de cobrir todas as possibilidades de cada acontecimento. Citando:
Em todas as ficções, cada vez que um homem se defronta com diversas alternativas, opta por uma e elimina as outras; na do quase inextricável Ts'ui Pen, opta – simultaneamente – por todas. Cria, assim, diversos futuros, diversos tempos, que também proliferam e se bifurcam.
Ficamos então sabendo que o tal romance é uma imagem incompleta do universo tal como o concebia Ts'ui Pen, imagem esta bastante condizente com certas hipóteses cosmológicas correntes.
Um exemplo: estou aqui escrevendo este texto. Suponhamos que alguém o esteja lendo enquanto a esposa o espera no quarto. Imaginemos que esse homem começa a pensar demais no assunto abordado, e quando chega ao quarto a esposa já dormiu. Nada de sexo por hoje, então ele desce novamente e vai ver TV. Suponhamos, no entanto, que esse hipotético leitor veja o post, ache-o muito extenso e resolva deixar a leitura para amanhã. Sobe as escadas e encontra sua esposa acordada e muito disposta. Dessa noite de sexo resulta uma gravidez, e o garoto aí concebido cresce, torna-se um assassino. Daqui a vinte anos ele me mata numa briga de trânsito.
Pois bem, neste nosso mundo só uma das alternativas pode ocorrer de cada vez. Mas consideremos o panorama de vários universos sobrepostos: todas as alternativas podem ocorrer, e de fato ocorrem. Todas as bifurcações possíveis são percorridas.
Então eu penso que talvez numa outra alameda deste jardim labiríntico tudo tenha dado certo entre nós, que você tenha decidido que valia a pena ao menos tentar, e que agora mesmo nós dois vivemos juntos e felizes por lá. Encontramo-nos frente àquela bifurcação, só que ao contrário daqui acabamos escolhendo o mesmo caminho. Pensamentos assim me ajudam a dormir.
O jardim das veredas que se bifurcam
Se levarmos em conta que o Cosmos seja infinito, teremos que admitir que são infinitas suas partículas e também infinitas suas possibilidades. Raciocinando assim, é inevitável que pensemos num cenário de múltiplos universos, sendo que em alguns deles existem outras Vias Lácteas, Sistemas Solares como o nosso, planetas como este, duplicatas de cada um de nós.
Há um conto de Jorge Luis Borges entitulado O Jardim Das Veredas Que Se Bifurcam. Nele, um velho chinês se propõe a escrever um populoso romance e a construir um labirinto no qual todos os homens se percam, e gasta treze anos nessa tarefa, até sua morte. Séculos depois, já na I Guerra Mundial, um seu descendente descobre, através de um sinólogo inglês, a verdadeira natureza da obra de seu antepassado: o romance e o labirinto eram na verdade uma coisa só. A obra literária, aparentemente caótica e sem sentido algum, na verdade tem a ambição de cobrir todas as possibilidades de cada acontecimento. Citando:
Em todas as ficções, cada vez que um homem se defronta com diversas alternativas, opta por uma e elimina as outras; na do quase inextricável Ts'ui Pen, opta – simultaneamente – por todas. Cria, assim, diversos futuros, diversos tempos, que também proliferam e se bifurcam.
Ficamos então sabendo que o tal romance é uma imagem incompleta do universo tal como o concebia Ts'ui Pen, imagem esta bastante condizente com certas hipóteses cosmológicas correntes.
Um exemplo: estou aqui escrevendo este texto. Suponhamos que alguém o esteja lendo enquanto a esposa o espera no quarto. Imaginemos que esse homem começa a pensar demais no assunto abordado, e quando chega ao quarto a esposa já dormiu. Nada de sexo por hoje, então ele desce novamente e vai ver TV. Suponhamos, no entanto, que esse hipotético leitor veja o post, ache-o muito extenso e resolva deixar a leitura para amanhã. Sobe as escadas e encontra sua esposa acordada e muito disposta. Dessa noite de sexo resulta uma gravidez, e o garoto aí concebido cresce, torna-se um assassino. Daqui a vinte anos ele me mata numa briga de trânsito.
Pois bem, neste nosso mundo só uma das alternativas pode ocorrer de cada vez. Mas consideremos o panorama de vários universos sobrepostos: todas as alternativas podem ocorrer, e de fato ocorrem. Todas as bifurcações possíveis são percorridas.
Então eu penso que talvez numa outra alameda deste jardim labiríntico tudo tenha dado certo entre nós, que você tenha decidido que valia a pena ao menos tentar, e que agora mesmo nós dois vivemos juntos e felizes por lá. Encontramo-nos frente àquela bifurcação, só que ao contrário daqui acabamos escolhendo o mesmo caminho. Pensamentos assim me ajudam a dormir.
9.10.03
Uma coisa: sei que esse é um momento doloroso para você. Não posso ficar bem, sabendo de como você está arrasada. Imagino como você está se sentindo com tudo isso. Sinto muito, inclusive por saber que esse é um momento que você precisa estar sozinha. Mesmo quando eu não gostaria que fosse assim ... nem que assim você se sentisse.
8.10.03
Recebi esse e-mail de meu primo, pastor Marcos Monteiro:
Daniel
Acabo de receber a sua mensagem. A satisfação e o impacto foi sobre todos
nós. Convém lembrar que as coisas não acontecem da noite para o dia e que a
Igreja de Bultrins tem falhas e problemas, como todas as outras, e isso é
que constitui realmente a sua beleza. Tem falhas mas tem liberdade, tem
falhas mas tem a disposição de servir, tem falhas mas tem a tentativa de
inclusão de todos os discriminados da sociedade, tem falhas mas tem uma
liderança dedicada e comprometida e tem a coragem de ousar diante de Deus.
Muito bom revê-lo como sempre.
Um abraço
Marcos.
Daniel
Acabo de receber a sua mensagem. A satisfação e o impacto foi sobre todos
nós. Convém lembrar que as coisas não acontecem da noite para o dia e que a
Igreja de Bultrins tem falhas e problemas, como todas as outras, e isso é
que constitui realmente a sua beleza. Tem falhas mas tem liberdade, tem
falhas mas tem a disposição de servir, tem falhas mas tem a tentativa de
inclusão de todos os discriminados da sociedade, tem falhas mas tem uma
liderança dedicada e comprometida e tem a coragem de ousar diante de Deus.
Muito bom revê-lo como sempre.
Um abraço
Marcos.
Foi marcante para mim no fim de semana perceber, de uma maneira nova, como a Encarnação do Logos se realiza através da família de Jesus. E o que isso pode significar.
Jesus se faz homem (Deus optando por vir até nós para nos resgatar) através de uma Encarnação em que sua família realiza toda a humanidade (com sua força e fraqueza) que Ele assume para Si.
Todo tipo de gente compõe a família de Jesus, como todo o tipo de gente faz o gênero humano. Para mim, isso pode significar que a família de Jesus se confunde com a humanidade. Significa que Ele encarna toda essa humanidade e veio resgatá-la. Toda essa família é alvo do amor de Deus.
O Evangelho de Mateus põe na genealogia de Jesus reis, mas também uma prostituta, uma estrangeira (que é excluída religiosa), uma adúltera, uma mãe solteira (a própria Maria). Quatro mulheres. Quatro excluídas. Todas realizando a humanidade de Cristo.
É revolucionário pensar que a humanidade de Jesus se realiza em pessoas tão humanas quanto nós mesmos. É revolucionário pensar que essa totalidade de pessoas é alvo da ação e do amor de Deus. É revolucionário pensar que o amor de Deus em Jesus está aí para alcançar todos esses tipos de pessoas, fracos, carentes e pecadores.
Jesus se faz homem (Deus optando por vir até nós para nos resgatar) através de uma Encarnação em que sua família realiza toda a humanidade (com sua força e fraqueza) que Ele assume para Si.
Todo tipo de gente compõe a família de Jesus, como todo o tipo de gente faz o gênero humano. Para mim, isso pode significar que a família de Jesus se confunde com a humanidade. Significa que Ele encarna toda essa humanidade e veio resgatá-la. Toda essa família é alvo do amor de Deus.
O Evangelho de Mateus põe na genealogia de Jesus reis, mas também uma prostituta, uma estrangeira (que é excluída religiosa), uma adúltera, uma mãe solteira (a própria Maria). Quatro mulheres. Quatro excluídas. Todas realizando a humanidade de Cristo.
É revolucionário pensar que a humanidade de Jesus se realiza em pessoas tão humanas quanto nós mesmos. É revolucionário pensar que essa totalidade de pessoas é alvo da ação e do amor de Deus. É revolucionário pensar que o amor de Deus em Jesus está aí para alcançar todos esses tipos de pessoas, fracos, carentes e pecadores.
6.10.03
Tive que mudar novamente o sistema de comentários, já que o que havia posto estava inativo. E voltei para o Blogger Brasil.
Hoje, eu reencontrei duas antigas poesias de Rubens Lemos, meu pai:
Impessoal
Caldo de peixe tomado
sob imposição solidária.
Sorvendo a vida em
momento solitário.
Definitivo, talvez.
O substantivo
Trânsito. Velocidade. Rostos, multidão. Luzes, faróis, carros. Cidade. Resultado: angústia.
A propósito, encontrei-me com Camilo, meu irmão, coincidentemente, no Shopping. Preocupado com a falta de dinheiro, preocupei-me com ele.
Isso tudo, juntamente com minha viagem a Recife, onde conheci uma boa parte da família, me fez pensar que a história de Rubens Lemos ainda precisa ser contada. Precisa e merece.
Impessoal
Caldo de peixe tomado
sob imposição solidária.
Sorvendo a vida em
momento solitário.
Definitivo, talvez.
O substantivo
Trânsito. Velocidade. Rostos, multidão. Luzes, faróis, carros. Cidade. Resultado: angústia.
A propósito, encontrei-me com Camilo, meu irmão, coincidentemente, no Shopping. Preocupado com a falta de dinheiro, preocupei-me com ele.
Isso tudo, juntamente com minha viagem a Recife, onde conheci uma boa parte da família, me fez pensar que a história de Rubens Lemos ainda precisa ser contada. Precisa e merece.
Mesmo sozinho
(Nando Reis)
Uh... Baby!
Porque voce foi pra tao longe?
Nao precisava tanto
Bastava so nao telefonar
Uh..., Baby, baby!
O que aconteceu?
O ar nao foi suficiente?
Voce nao viu, voce sumiu
Mudou de lugar
No mais, estou vivendo normalmente
Nao vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrario
Estou feliz
Mesmo sozinho
Esse silencio eh paz
Nesse momento cai
Uma forte chuva
Quem vai ficar chorando?
Uh... baby!
Sabe do que eu sinto saudades?
Do seu sorriso de manha
E do quarto tao desarrumado
Uh... baby!
Saiba que gosto muito de voce
Espero que esteja feliz
E bem acompanhada
Normal, estou vivendo, simplesmente
Eu vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrario
Estou feliz...
(Nando Reis)
Uh... Baby!
Porque voce foi pra tao longe?
Nao precisava tanto
Bastava so nao telefonar
Uh..., Baby, baby!
O que aconteceu?
O ar nao foi suficiente?
Voce nao viu, voce sumiu
Mudou de lugar
No mais, estou vivendo normalmente
Nao vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrario
Estou feliz
Mesmo sozinho
Esse silencio eh paz
Nesse momento cai
Uma forte chuva
Quem vai ficar chorando?
Uh... baby!
Sabe do que eu sinto saudades?
Do seu sorriso de manha
E do quarto tao desarrumado
Uh... baby!
Saiba que gosto muito de voce
Espero que esteja feliz
E bem acompanhada
Normal, estou vivendo, simplesmente
Eu vou ficar pensando
Se tivesse sido o contrario
Estou feliz...
Alguns anos atras, um pastor me disse que Bultrins era uma igreja de revoltados. E eu descobri que eh mesmo: revoltados contra essa sociedade opressora. E eu, pela graca de Deus, sou um desses revoltados!
Testemunho dado por um participante do Forum sobre a Igreja Batista de Bultrins, periferia de Olinda (PE).
Testemunho dado por um participante do Forum sobre a Igreja Batista de Bultrins, periferia de Olinda (PE).
5.10.03
- Antigamente, minha mae usava corpete, anagua...
- E isso eh o que, pastor Wellington?
- Eh o que Mariinha?
- Eh cultura.
- E isso eh o que, pastor Wellington?
- Eh o que Mariinha?
- Eh cultura.
Isso foi dito pelo Pastor Marcos Monteiro sobre o Forum:
Encontro com uma teologia que eu nao sei eh da Libertacao, da Esperanca ... mas que me faz mais gente!
Encontro com uma teologia que eu nao sei eh da Libertacao, da Esperanca ... mas que me faz mais gente!
Na oficina sobre cultura popular, ministrada pelo Pr. Wellington de Maceio, cena com Mariinha:
- Muita coisa de nossa cultura e nefasto..., disse o Pastor.
- Pastor, o senhor me perdoe que eu sou muito burrinha. Eu nao conheco essa palavra. O que e essa palavra nefasto?, perguntou Mariinha.
- ... Ah... Eh uma merda!, disse o pastor Wellington. E ai Marcos (Marcos Monteiro), tem alguma explicacao melhor para dona Mariinha?
- Numa concepcao mais profunda: eh uma bosta!
- Muita coisa de nossa cultura e nefasto..., disse o Pastor.
- Pastor, o senhor me perdoe que eu sou muito burrinha. Eu nao conheco essa palavra. O que e essa palavra nefasto?, perguntou Mariinha.
- ... Ah... Eh uma merda!, disse o pastor Wellington. E ai Marcos (Marcos Monteiro), tem alguma explicacao melhor para dona Mariinha?
- Numa concepcao mais profunda: eh uma bosta!
De Marcos Monteiro, meu primo:
Uma religiosidade engesada pode ser uma armadilha para nao ouvirmos a Palavra de Deus.
A paixao maior da Igreja deve ser a paixao pela cidade. APAIXONE-SE PELA CIDADE!
Uma religiosidade engesada pode ser uma armadilha para nao ouvirmos a Palavra de Deus.
A paixao maior da Igreja deve ser a paixao pela cidade. APAIXONE-SE PELA CIDADE!
O II Forum Popular de Reflexao Teologica, promovido pela Igreja Batista de Bultrins foi profundamente impactante em minha vida. Alias, na vida de todos os participantes, certamente.
Ali descobri uma teologia pratica que muita gente julga digna de correcao, julga imatura, julga equivocada. Descobri ali, na pratica, que sonhos revolucionarios sao capazes de se realizar. A teologia que pregamos pode ser vivida.
Descobri minha familia e perguntei a uma prima se existe algum Lemos que nao seja de esquerda. Fui descoberto por ela.
Descobri que a simplicidade de gente como Carlos Queiroz nao eh de modo algum hipocrita. Descobri, assim, o Paulo, alcolotra desde que seu filho morreu e que confessou, enquanto participava da Ceia conosco, que ficou sem rumo na vida. E uma igreja profundamente revolucionaria esta lah para lhe mostrar um novo caminho.
Descobri a simplicidade de Mariinha, senhora lah da comunidade de Vila Esperanca. Ela foi capaz de nos instigar a pensar a partir de sua sabia simplicidade. Descobri Roberto Diamanso, menestrel nordestino e cristao.
Descobri tanta coisa... E entendi que existe muita vida crista alem de nossas igrejas institucionais.
Entendi motivos e extendi sonhos.
Amei o fim de semana. Amei Bultrins, Olinda, tia Onorina, tio Pedro, Aurea, Berg, os filhos, Mary Rute, Sergio ...
Ali descobri uma teologia pratica que muita gente julga digna de correcao, julga imatura, julga equivocada. Descobri ali, na pratica, que sonhos revolucionarios sao capazes de se realizar. A teologia que pregamos pode ser vivida.
Descobri minha familia e perguntei a uma prima se existe algum Lemos que nao seja de esquerda. Fui descoberto por ela.
Descobri que a simplicidade de gente como Carlos Queiroz nao eh de modo algum hipocrita. Descobri, assim, o Paulo, alcolotra desde que seu filho morreu e que confessou, enquanto participava da Ceia conosco, que ficou sem rumo na vida. E uma igreja profundamente revolucionaria esta lah para lhe mostrar um novo caminho.
Descobri a simplicidade de Mariinha, senhora lah da comunidade de Vila Esperanca. Ela foi capaz de nos instigar a pensar a partir de sua sabia simplicidade. Descobri Roberto Diamanso, menestrel nordestino e cristao.
Descobri tanta coisa... E entendi que existe muita vida crista alem de nossas igrejas institucionais.
Entendi motivos e extendi sonhos.
Amei o fim de semana. Amei Bultrins, Olinda, tia Onorina, tio Pedro, Aurea, Berg, os filhos, Mary Rute, Sergio ...
Sua Impossivel Chance
Nando Reis
So sorriu depois que chorou na vespera
Com a mao na testa os olhos enxugou
Sabe que sorrir eh bom
E quem nao detesta ?
Sofrer a espera de quem sempre amou
Ha sempre a pequena chance
De o impossivel rolar
Soterrar o mundo com uma avalanche
So pra que possa sobrar
Apenas eu
E voce
Bastaria pra que o mundo desse em qualquer lugar
Nando Reis
So sorriu depois que chorou na vespera
Com a mao na testa os olhos enxugou
Sabe que sorrir eh bom
E quem nao detesta ?
Sofrer a espera de quem sempre amou
Ha sempre a pequena chance
De o impossivel rolar
Soterrar o mundo com uma avalanche
So pra que possa sobrar
Apenas eu
E voce
Bastaria pra que o mundo desse em qualquer lugar