Minha primeira opinião
24.4.04
E, por fim, duas poesias para marcar a minha volta:
1.
O belo
inatingível
inalcançável
com quem me enfrento
com quem de frente
com o quê na mente
me encanto.
Apenas a simples
presença de teus olhos
tantos tontos
sorriso fácil
como a poesia simples
da beleza rara
de você,
mulher.
A poesia-mulher
da beleza amada
de forma rápida, simples, singela,
como esvoaçam dourados
cabelos e sonhos.
2.
Deus,
eu te peço,
dê-me um amor
para eu cuidar
e que de mim
cuide tão bem
que possa
me amar
mesmo em
momentos
em que de mim
o amor não vem
a quem eu possa abençoar
e que assim me abençoe
também.
1.
O belo
inatingível
inalcançável
com quem me enfrento
com quem de frente
com o quê na mente
me encanto.
Apenas a simples
presença de teus olhos
tantos tontos
sorriso fácil
como a poesia simples
da beleza rara
de você,
mulher.
A poesia-mulher
da beleza amada
de forma rápida, simples, singela,
como esvoaçam dourados
cabelos e sonhos.
2.
Deus,
eu te peço,
dê-me um amor
para eu cuidar
e que de mim
cuide tão bem
que possa
me amar
mesmo em
momentos
em que de mim
o amor não vem
a quem eu possa abençoar
e que assim me abençoe
também.
Concluo algumas coisas a partir da minha experiências nesses dias em Paripueira. Lembro do profeta Habacuque, no início do segundo capítulo de seu livro (Hc 2. 1), se pondo na torre de vigia, esperando por ouvir a Palavra do Senhor, ver a Sua ação, enquanto busca o discernimento da realidade que está vivendo. E reflito.
Pensar teologia da perspectiva do Nordeste brasileiro é mesclar o pensar grande e o pensar pequeno. Pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é articulála como um discurso de resposta aos questionamentos que brotam do sólo do sertão. Questionamentos que nascem da terra seca, que renascem e se reinterpretam no coração carente do povo nordestino.
Isso é o que eu chamo pensar pequeno, porque é pensar em uma dimensão micro, localizada.
Mas pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é realizarse como uma teologia a caminho, que só se justifica quando é plenamente uma teologia de missão. Uma teologia pensada na, para e pela igreja popular que caminha e vive nas fronteiras de expansão do Reino de Deus. Que pensa e articula sua fé, ao mesmo tempo que, indo, faz discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar toda mensagem do Reino, inserindo os novos em suas fileiras. Sem restrições, sem bloqueios, sem preconceitos, xenofobias ou etnocentrismo. Na força e no espírito de Mt 28. 18 20.
Isso é pensar grande, pensar macro, ao se ajustar a toda tradição teológica que afirma a necessidade de a teologia ser pensada para ser católica e servir à edificação do Corpo de Cristo em todo o mundo.
Firmada aos pés dos apóstolos pela mediação do testemunho das Escrituras, atenta e respondendo à cultura e à realidade do Nordeste: eis a teologia que nos faz, no Brasil, Igreja Viva.
Pensar teologia da perspectiva do Nordeste brasileiro é mesclar o pensar grande e o pensar pequeno. Pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é articulála como um discurso de resposta aos questionamentos que brotam do sólo do sertão. Questionamentos que nascem da terra seca, que renascem e se reinterpretam no coração carente do povo nordestino.
Isso é o que eu chamo pensar pequeno, porque é pensar em uma dimensão micro, localizada.
Mas pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é realizarse como uma teologia a caminho, que só se justifica quando é plenamente uma teologia de missão. Uma teologia pensada na, para e pela igreja popular que caminha e vive nas fronteiras de expansão do Reino de Deus. Que pensa e articula sua fé, ao mesmo tempo que, indo, faz discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar toda mensagem do Reino, inserindo os novos em suas fileiras. Sem restrições, sem bloqueios, sem preconceitos, xenofobias ou etnocentrismo. Na força e no espírito de Mt 28. 18 20.
Isso é pensar grande, pensar macro, ao se ajustar a toda tradição teológica que afirma a necessidade de a teologia ser pensada para ser católica e servir à edificação do Corpo de Cristo em todo o mundo.
Firmada aos pés dos apóstolos pela mediação do testemunho das Escrituras, atenta e respondendo à cultura e à realidade do Nordeste: eis a teologia que nos faz, no Brasil, Igreja Viva.
Leiam meu artigo aqui.
Acabei de chegar de Paripueira. E foi tudo maravilhoso, como eu esperava. A comunhão, a discussão teológica, a descontração. Vocês já se imaginaram em um encontro de teologia evangélica que se encerra com um trio de forró, ao som de São Luiz Gonzaga, Petrúcio Amorim, Flávio José, e pastores e crentes forrozando noite a dentro?
A teologia nordestina explode dentro de mim e tenho medo que detone as amarras de minhas estruturas eclesiásticas.
A teologia nordestina explode dentro de mim e tenho medo que detone as amarras de minhas estruturas eclesiásticas.
20.4.04
Amanhã estarei viajando para a Jornada Teológica do Nordeste em Paripueira, Alagoas. Só volto no sábado à noite. Depois, na madrugada de segunda para terça, viajo novamente, desta vez para Fortaleza. Vou cuidar de minha saúde mental com Susana. Ao mesmo tempo, segunda-feira começam as aulas do mestrado. Isso significa que minha freqüência na Internet vai diminuir consideravelmente.
19.4.04
Síndrome do Pânico é terrível. A sensação de sufocamento é apavorante. E quanto mais medo você tem, mais dificuldade respirar. Eu estou com a síndrome.
Tenho começado a descobrir os seus pontos de origem. Amariles está me ajudando orientando exercícios e medicação (leia-se Lexotan). Ontem, inclusive, após uma crise que me fez pensar na morte, o Lexotan me deixou grogue. Parecia bêbado.
Ontem, também, conversei com a Susana, minha psicóloga, pelo Messenger. Preciso urgentemente ir vê-la. Em Fortaleza. Ela me disse que minha alma não aguentou. Ela está explodindo.
Três coisas me causaram estresse intenso ultimamente. Em primeiro lugar, e obviamente, a seleção de mestrado. Estudar naquele ritmo foi demais. Mas há um aspecto a considerar nisso: eu passei. O que significa o seminário mais distante. O que significa maior adiamento se sonho e vocação para a qual eu sei que Deus me chamou. O que amplia o grau de sofrimento e estresse.
Em segundo lugar, a minha família tem me angustiado demais. De um lado, minha tia louca que não deixa em paz nem família nem igreja. Do outro, nós, família, que não temos condições de lidar com isso e deixamos que ela nos domine completamente. Mais no fundo, minha avó, carregando o peso dos 82 anos e das mágoas contra tudo e contra todos, em especial a filha maluca. A situação é sufocante. Para mim, literalmente.
O último elemento foi a publicação dos artigos de meu pai nos jornais de Natal na semana passada. Aquilo representou uma forte carga emocional para mim. Eu escrevi um desabafo neste blog que virou artigo do Jornal União, mas ainda não avalie a profundidade com que aquilo impactou a minha vida.
Enfim, estou doente. Orem por mim, se vocês são religiosos. Torçam por mim, se não são.
Tenho começado a descobrir os seus pontos de origem. Amariles está me ajudando orientando exercícios e medicação (leia-se Lexotan). Ontem, inclusive, após uma crise que me fez pensar na morte, o Lexotan me deixou grogue. Parecia bêbado.
Ontem, também, conversei com a Susana, minha psicóloga, pelo Messenger. Preciso urgentemente ir vê-la. Em Fortaleza. Ela me disse que minha alma não aguentou. Ela está explodindo.
Três coisas me causaram estresse intenso ultimamente. Em primeiro lugar, e obviamente, a seleção de mestrado. Estudar naquele ritmo foi demais. Mas há um aspecto a considerar nisso: eu passei. O que significa o seminário mais distante. O que significa maior adiamento se sonho e vocação para a qual eu sei que Deus me chamou. O que amplia o grau de sofrimento e estresse.
Em segundo lugar, a minha família tem me angustiado demais. De um lado, minha tia louca que não deixa em paz nem família nem igreja. Do outro, nós, família, que não temos condições de lidar com isso e deixamos que ela nos domine completamente. Mais no fundo, minha avó, carregando o peso dos 82 anos e das mágoas contra tudo e contra todos, em especial a filha maluca. A situação é sufocante. Para mim, literalmente.
O último elemento foi a publicação dos artigos de meu pai nos jornais de Natal na semana passada. Aquilo representou uma forte carga emocional para mim. Eu escrevi um desabafo neste blog que virou artigo do Jornal União, mas ainda não avalie a profundidade com que aquilo impactou a minha vida.
Enfim, estou doente. Orem por mim, se vocês são religiosos. Torçam por mim, se não são.
Não tenho o privilégio de ser assinante da Fox, desejo que acalento no coração desde os tempos do Arquivo X e das outras criações de Chris Carter. Por isso, nunca havia ouvido falar em 24 horas antes de a Globo se arriscar a exibir o primeiro ano da série em janeiro.
Perdi momentos de sono pela série que me cativou como público e como alguém que, por prazer e diletantismo, gosta de tecer suas análises provisórias e amadoras dos fenômenos midiáticos. Adorei pensar sobre 24 horas, me apaixonei pela série e descobri o seu charme. Fiquei feliz ao ver que a Globo exibiria o seu segundo ano.
Fiquei decepcionado. A Globo conseguiu matar o charme da série. A estréia ontem à noite apontou o fiasco que será sua continuação se a equipe de produção da tevê dos Marinho não fizer alguma coisa. Condensar dois episódios em um, de uma série que atrai pelo tempo real, foi extremamente desfigurador. 24 horas perdeu brilho, ritmo, coerência e narrativa.
Isso foi um choque. Lembro de ter visto matérias elogiosas da série no site da AOL, na Veja, em vários jornais e revistas. Mas a série só vai valer a pena ser vista na Fox, se a Globo continuar no formato que exibiu ontem. E a Globo vai perder a audiência amealhada nas férias do Jô e vai terminar sem exibir a terceira temporada, pela falta de retorno. Problema da série? Problemas dos fãs? Não. Problema da necessidade de corte e ajuste da televisão do Jardim Botânico. Prazo de validade vencido.
Eu tenho uma tese. Por pelo menos uma semana eu não vi mais as chamadas de 24 horas. Comecei a achar que a série havia sido abortada. Até a quarta passada. Suponho que houve algum problema com a grade da emissora que foi resolvido com os cortes do filme de Kiefer Sutherland. Se não houver mudança, não vou perder horas preciosas de sono dos domingos para assistir a Globo. E aposto que muitos me acompanharão. A série ficou sem graça.
Perdi momentos de sono pela série que me cativou como público e como alguém que, por prazer e diletantismo, gosta de tecer suas análises provisórias e amadoras dos fenômenos midiáticos. Adorei pensar sobre 24 horas, me apaixonei pela série e descobri o seu charme. Fiquei feliz ao ver que a Globo exibiria o seu segundo ano.
Fiquei decepcionado. A Globo conseguiu matar o charme da série. A estréia ontem à noite apontou o fiasco que será sua continuação se a equipe de produção da tevê dos Marinho não fizer alguma coisa. Condensar dois episódios em um, de uma série que atrai pelo tempo real, foi extremamente desfigurador. 24 horas perdeu brilho, ritmo, coerência e narrativa.
Isso foi um choque. Lembro de ter visto matérias elogiosas da série no site da AOL, na Veja, em vários jornais e revistas. Mas a série só vai valer a pena ser vista na Fox, se a Globo continuar no formato que exibiu ontem. E a Globo vai perder a audiência amealhada nas férias do Jô e vai terminar sem exibir a terceira temporada, pela falta de retorno. Problema da série? Problemas dos fãs? Não. Problema da necessidade de corte e ajuste da televisão do Jardim Botânico. Prazo de validade vencido.
Eu tenho uma tese. Por pelo menos uma semana eu não vi mais as chamadas de 24 horas. Comecei a achar que a série havia sido abortada. Até a quarta passada. Suponho que houve algum problema com a grade da emissora que foi resolvido com os cortes do filme de Kiefer Sutherland. Se não houver mudança, não vou perder horas preciosas de sono dos domingos para assistir a Globo. E aposto que muitos me acompanharão. A série ficou sem graça.