24.4.04

Concluo algumas coisas a partir da minha experiências nesses dias em Paripueira. Lembro do profeta Habacuque, no início do segundo capítulo de seu livro (Hc 2. 1), se pondo na torre de vigia, esperando por ouvir a Palavra do Senhor, ver a Sua ação, enquanto busca o discernimento da realidade que está vivendo. E reflito.
Pensar teologia da perspectiva do Nordeste brasileiro é mesclar o pensar grande e o pensar pequeno. Pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é articulála como um discurso de resposta aos questionamentos que brotam do sólo do sertão. Questionamentos que nascem da terra seca, que renascem e se reinterpretam no coração carente do povo nordestino.
Isso é o que eu chamo pensar pequeno, porque é pensar em uma dimensão micro, localizada.
Mas pensar a teologia da perspectiva do Nordeste é realizarse como uma teologia a caminho, que só se justifica quando é plenamente uma teologia de missão. Uma teologia pensada na, para e pela igreja popular que caminha e vive nas fronteiras de expansão do Reino de Deus. Que pensa e articula sua fé, ao mesmo tempo que, indo, faz discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar toda mensagem do Reino, inserindo os novos em suas fileiras. Sem restrições, sem bloqueios, sem preconceitos, xenofobias ou etnocentrismo. Na força e no espírito de Mt 28. 18 20.
Isso é pensar grande, pensar macro, ao se ajustar a toda tradição teológica que afirma a necessidade de a teologia ser pensada para ser católica e servir à edificação do Corpo de Cristo em todo o mundo.
Firmada aos pés dos apóstolos pela mediação do testemunho das Escrituras, atenta e respondendo à cultura e à realidade do Nordeste: eis a teologia que nos faz, no Brasil, Igreja Viva.

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