Cá estou eu. Sexta-feira de novo. Correria e cansaço de novo. E amanhã ainda vou fazer prova no inglê de manhã.
Aliás, amanhã à tarde preciso estar em três lugares ao mesmo tempo e estou certo que vou querer ficar na cama. Não tenho idéia do que fazer.
Em tempo: passou a eleição e Miguel Mossoró não deixou de ser assunto.
Em tempo, parte dois: a mãe da
censurada (se você não acompanha este blog há algum tempo, sinto muito, mas não vai entender) foi cirurgiada há coisa de um mês, teve uma fístula e, sendo diabética, ainda está no hospital.
Meu pedidos de desculpas por ter propagado o boato de que Miguel Mossoró estaria hoje no Programa do Jô. Vocês procurem entender que ninguém pensa em política em Natal, atualmente, sem falar no sargento. Só estando aqui, ou sendo daqui para entender.
Em tempo: minhas anotações para dissertação chegam a 39 páginas, incluindo bibliografia. Não sei se isso é bom ou ruim. Mas é o que eu tenho. Em tese, meu prazo final para conclusão do trabalho é o primeiro semestre de 2006. Torçam por mim.
Ele foi chamado de piada, de grotesco, de escolha do "quanto pior melhor". Mas certamente foi o político que saiu com maior credibilidade desta eleição. E penso que não estou exagerando. Pouco a pouco, Miguel Mossoró está assumindo com clareza a personalização da ironia. Em uma entrevista hoje à tarde ele disse que veio à eleição, com suas propostas absurdas, como que denunciando a inércia da classe política tradicional. Não sei se os seus mais de 60 mil eleitores o viram como ele gostaria de ser visto, mas ele mudou o fazer político de Natal. Ele não era burro, ou bobo, como fez questão de dizer. Se prometia uma ponte de 320 km de extensão, apenas denunciava o descaso que protela há dez anos a construção de uma ponte de 2 km ligando Natal à Redinha, do outro lado do Rio Potengi. Essa construção, que foi iniciada com altos gastos de dinheiro público, foi condenada por perícia ainda nos fundamentos e tem de ser derrubada. Com o dinheiro dos natalenses.
Ele foi chamado de piada, mas agora todos correm atrás de seu apoio para o segundo turno. Miguel Mossoró, que você, de outras partes do país, vai poder curtir no
Programa do Jô da quarta-feira, depois de amanhã.
Em tempo: eu sou petista, meu voto foi no PT. Minha candidata, Fátima Bezerra, deputada federal, terminou o pleito de ontem em quarto lugar, dez pontos percentuais atrás de seu Miguel.
A eleição acabou há seis horas e, graças ao moderníssimo sistema eletrônico, em quase todo o Brasil as atualizações já foram concluídas. Inclusive em Natal. Os americanos devem estar se moendo de inveja, especialistas que são em produzirem eleições confusas.
O resultado em Natal consagrou a ironia em pessoa de Miguel Mossoró (que ficou em terceiro) e nos convocou ao segundo turno no dia 31 de outubro.
Votamos hoje. E nossas eleições têm muito o que ensinar ao mundo, especialmente aos norte-americanos, especialistas em confusões eleitorais. Eu não levei nem dez segundos para fazer os meus dois votos: digitar sete números (cinco para vereador e dois para prefeito). Os resultados? Mais da metade dos votos em Natal já foram apurados e quase um quarto já foram totalizados, pouco mais de quatro horas após o fim da votação. Benefícios da urna eletrônica.
À essa altura, Miguel Mossoró já aparece com 20 % dos votos apurados. Fenômeno do protesto e da indignação.
