Minha primeira opinião
11.4.03
Falemos sobre outro primo. Marcos Monteiro, pastor batista. Meu primo. Não sei se ele me autorizaria a relaciona-lo à Revolução. Mas acabo de ler sua palestra De Profetas e de Cantadores, publicada no livro Pastoral urbana – A co-responsabilidade das igrejas no Nordeste, da editora Ultimato. A pertinência do que ele escreve é impressionante. E a ponte que constrói entre a cultura popular e a Bíblia/teologia é imprescindível para nós, cristãos evangélicos nordestinos. A relação entre Amós e o cantador quase-profeta Petrúcio Amorim é quase óbvia, diante do texto de Marcos. O mundo de ambos, a despeito da distância geográfica e sócio-temporal, se assemelha tanto quanto suas p /r\ o /f\ e /c\ s i a s.
Já no fim, Marcos diz:
Nem deuses, nem brutos, nem animais; como seres humanos e como cristãos, precisamos ser políticos. E isso só o fazemos como parte de um todo e nos organizando para agir com outras partes. Somos, como Igreja no Nordeste e vivendo basicamente uma realidade urbana, membros da sociedade civil e, por conseguinte, participantes políticos da cidade. Isso significa que, queiramos ou não, fazemos política – ou conformista e alienada ou transformadora. Precisamos assumir consciente e evangelicamente o nosso papel na cidade e, como servos, não podemos faze-lo sozinhos. Participar de manifestações organizadas, assumir posições públicas claras, entre outras atividades visivelmente políticas, é um direito e um dever de quem pretende agir consciente e evangelicamente. Opressão, exploração, discriminação, atingem prioritariamente o pobre e desagrada profundamente a Deus. Encontrar-se com Deus na cidade, histórica e politicamente, é agir de modo legítimo contra toda forma de ilegítimas opressão, exploração e discriminação.
Já no fim, Marcos diz:
Nem deuses, nem brutos, nem animais; como seres humanos e como cristãos, precisamos ser políticos. E isso só o fazemos como parte de um todo e nos organizando para agir com outras partes. Somos, como Igreja no Nordeste e vivendo basicamente uma realidade urbana, membros da sociedade civil e, por conseguinte, participantes políticos da cidade. Isso significa que, queiramos ou não, fazemos política – ou conformista e alienada ou transformadora. Precisamos assumir consciente e evangelicamente o nosso papel na cidade e, como servos, não podemos faze-lo sozinhos. Participar de manifestações organizadas, assumir posições públicas claras, entre outras atividades visivelmente políticas, é um direito e um dever de quem pretende agir consciente e evangelicamente. Opressão, exploração, discriminação, atingem prioritariamente o pobre e desagrada profundamente a Deus. Encontrar-se com Deus na cidade, histórica e politicamente, é agir de modo legítimo contra toda forma de ilegítimas opressão, exploração e discriminação.
Bem que alguém poderia ter interrompido Colin Powell no Jornal Nacional, lembrando que
Esse papo seu já ta qualquer coisa
você já ta pra lá de Marrakesh
Esse papo seu já ta qualquer coisa
você já ta pra lá de Marrakesh
Powell disse que o numero de civis mortos na Guerra não pode ser comparado com o número bem maior que foi morto por Saddam. Frieza maior impossível. Era bom que ele tentasse, então, dizer isso para a menina baleada (e morta) ontem em Bagdá, ou à sua família: Ah! Você faz parte de um número bem menor de mortos ... Não importa se um, se dez, ou dez milhões; nada justifica a morte gratuita de ninguém. E agora os marines estão matando iraquianos como eu mato muriçocas que me perturbam no meu quarto, ou como o Marco matou o seu Grilo Falante. Lembra muito a crítica já antecipada em Tropas Estelares, diga-se de passagem.
6.4.03
Dias atrás assisti a um filme do qual, confesso, não esperava muito. E, falando francamente, Três reis aparentemente não tem nada de muito relevante a dizer. Certamente, um filme despretensioso, para fruir, assistindo na Sessão da Tarde.
Três reis, em uma leitura superficial, não passa de mais um filme que exalta o heroísmo glorioso dos americanos em meio a uma guerra. No caso, é a Guerra do Golfo, de Bush pai. Mais precisamente o filme passa-se ao fim da guerra e relata a tentativa de um ranger, George Clooney, e um grupo de praças de roubar o ouro que o Iraque roubou do Kuwait durante a ocupação. No fim, o grupo converte-se em heróis, sofrendo a corte marcial para dar fuga a um grupo de iraquianos até o Irã. Essa, a leitura superficial.
Mas Três reis merece o cuidado de uma leitura mais aprofundada. Nas entrelinhas, algumas críticas à cultura norte-americana se materializam. O primeiro aspecto, e mais óbvio, é caracterização dos que se converteriam posteriormente em herói. São latrocidas sem caráter, cujo único objetivo é o ouro. Podem salvar algumas pessoas, mas é tudo muito colateral. Até que, por um milagre de consciência, eles findam se convertendo.
Outros pontos que só vou relatar:
1. quando eles entram em território iraquiano, Clooney mostra aos jovens corpos de iraquianos mortos ao longo da estrada. E fala: Nós matamos muita gente aqui, enterramos muita gente viva.
2. ao invadir um esconderijo de tropas leais a Saddam, o grupo está assistindo tevê. E vê, ali cenas, divulgadas mundialmente, de policiais brancos espancando um negro em Los Angeles. Um pouco mais adiante, Matt Damon, capturado é submetido a uma sessão de tortura. O iraquiano lhe diz que sua nação é doente, usando como exemplo Michael Jackson. O que vocês fizeram àquele homem. Fizeram com que ele odiasse a própria raça.
3. na mesma sessão de tortura, o iraquiano explica ao jovem soldado americano que o exército de Saddam foi treinado pelos EUA durante a Guerra contra o Irã. Inclusive, eles receberam instruções de como conduzir um interrogatório (a tortura, é claro) dos americanos. Damon duvida. Como você acha que eu aprendi a sua língua?
4. e ainda na mesma cena, o soldado iraquiano explica que luta porque perdeu sua filha e teve a esposa ferida (ela perdeu as pernas) devido a um bombardeio americano. Você tem filhos? O que você faria se alguém matasse sua filhinha?
Um bom exemplo que é preciso ler as entrelinhas daquilo que vemos. Sempre.
Três reis, em uma leitura superficial, não passa de mais um filme que exalta o heroísmo glorioso dos americanos em meio a uma guerra. No caso, é a Guerra do Golfo, de Bush pai. Mais precisamente o filme passa-se ao fim da guerra e relata a tentativa de um ranger, George Clooney, e um grupo de praças de roubar o ouro que o Iraque roubou do Kuwait durante a ocupação. No fim, o grupo converte-se em heróis, sofrendo a corte marcial para dar fuga a um grupo de iraquianos até o Irã. Essa, a leitura superficial.
Mas Três reis merece o cuidado de uma leitura mais aprofundada. Nas entrelinhas, algumas críticas à cultura norte-americana se materializam. O primeiro aspecto, e mais óbvio, é caracterização dos que se converteriam posteriormente em herói. São latrocidas sem caráter, cujo único objetivo é o ouro. Podem salvar algumas pessoas, mas é tudo muito colateral. Até que, por um milagre de consciência, eles findam se convertendo.
Outros pontos que só vou relatar:
1. quando eles entram em território iraquiano, Clooney mostra aos jovens corpos de iraquianos mortos ao longo da estrada. E fala: Nós matamos muita gente aqui, enterramos muita gente viva.
2. ao invadir um esconderijo de tropas leais a Saddam, o grupo está assistindo tevê. E vê, ali cenas, divulgadas mundialmente, de policiais brancos espancando um negro em Los Angeles. Um pouco mais adiante, Matt Damon, capturado é submetido a uma sessão de tortura. O iraquiano lhe diz que sua nação é doente, usando como exemplo Michael Jackson. O que vocês fizeram àquele homem. Fizeram com que ele odiasse a própria raça.
3. na mesma sessão de tortura, o iraquiano explica ao jovem soldado americano que o exército de Saddam foi treinado pelos EUA durante a Guerra contra o Irã. Inclusive, eles receberam instruções de como conduzir um interrogatório (a tortura, é claro) dos americanos. Damon duvida. Como você acha que eu aprendi a sua língua?
4. e ainda na mesma cena, o soldado iraquiano explica que luta porque perdeu sua filha e teve a esposa ferida (ela perdeu as pernas) devido a um bombardeio americano. Você tem filhos? O que você faria se alguém matasse sua filhinha?
Um bom exemplo que é preciso ler as entrelinhas daquilo que vemos. Sempre.
Deus cuida de mim
(Kleber Lucas)
Eu preciso aprender um pouco aqui
preciso aprender um pouco ali
preciso aprender mais de Deus
porque Ele é quem cuida de mim
Se uma porta se fecha aqui
outras portas se abrem ali
eu preciso aprender mais de Deus
porque Ele é quem cuida de mim
Deus cuida de mim
Deus cuida de mim
na sombra das Suas asas
Deus cuida de mim
eu amo a Sua casa
e não ando sozinho
não estou sozinho
pois sei
Deus cuida de mim
Se na vida não tenho direção
e preciso tomar decisão
eu sei que existe Alguém que me ama
Ele quer me dar a mão
(Kleber Lucas)
Eu preciso aprender um pouco aqui
preciso aprender um pouco ali
preciso aprender mais de Deus
porque Ele é quem cuida de mim
Se uma porta se fecha aqui
outras portas se abrem ali
eu preciso aprender mais de Deus
porque Ele é quem cuida de mim
Deus cuida de mim
Deus cuida de mim
na sombra das Suas asas
Deus cuida de mim
eu amo a Sua casa
e não ando sozinho
não estou sozinho
pois sei
Deus cuida de mim
Se na vida não tenho direção
e preciso tomar decisão
eu sei que existe Alguém que me ama
Ele quer me dar a mão
Aviso
A partir de agora vai ser mais difícil postar alguma coisa. Estou trocando de emprego amanhã e será mais raro acessar a net. Mas prometo manter o blog sempre, o mais possível, atualizado. Abraços. Em busca de novidades, vocês podem ler ela.
A partir de agora vai ser mais difícil postar alguma coisa. Estou trocando de emprego amanhã e será mais raro acessar a net. Mas prometo manter o blog sempre, o mais possível, atualizado. Abraços. Em busca de novidades, vocês podem ler ela.