O texto anterior é parte de uma resposta que estou encaminhando contra as críticas que uma resenha de Alisson sobre Diários de Motocicleta sofreu na edição de hoje do Jornal União.
Minha primeira opinião
24.7.04
Os crentes geralmente defendem posições sem se aperceberem dos entornos à sua volta. Não notam que questões e que condicionamentos os cercam. Não percebem que tantas vezes pensam estar afirmando verdades bíblicas, sem se darem conta que apenas reproduzem discursos ideológicos de manutenção do poder por seus donos. Não percebem o absurdo que é, em nome da defesa da submissão, defender a injustiça, a opressão, a morte e o mal, que se fortalecem quando assumimos a fala daqueles que exercem seus podres poderes, enquanto a nossa gente morre de fome, de raiva ou de sede. Defendem interesses que desconhecem, crendo na sua relevância bíblico-teólogica, assumindo compromissos contrários ao seu próprio povo, defendendo, direta ou indiretamente, a morte, a tortura, a dor, defendendo aqueles que humilham, exploram, matam, invadem, torturam e ensinam a torturar. Foi assim nos anos 60 no nosso meio, é assim ainda hoje, porque o nosso senso crítico não se desenvolve ao ponto de podermos notar que tipos de discurso obliteram ainda uma leitura coerente e relevante da Bíblia. E, assim, em vez de lutar por justiça e pela verdade, em vez de lutar contra o pecado e contra as estruturas de morte, preferimos assumir a submissão (que dizem necessária) aos discursos de destruição, de opressão e de morte. João Alexandre já denunciava que enquanto o domingo ainda for o nosso dia sagrado, enquanto cantarmos e dançarmos com os olhos fechados, sem percebermos tanta gente que morre de fome e de sede ao nosso lado, não tem jeito. Por isso, entre os televangelistas e as teologias podres em defesa dos poderosos que estão aí, entre essas coisas e um revolucionário como Che, eu fico com Che. Hasta la muerte!
23.7.04
20.7.04
A Igreja passa por crises periódicas. No meio dos ventavais, precisamos calmamente e com paciência esperar que o Senhor ministre a cura. E nos pormos em Suas mãos como instrumentos, passíveis de sermos usados para transformar situações.
O problema é que muitas vezes somos muito eficientes em detectar e descrever os problemas. Mas não apontamos o caminho da solução. E em muitos casos Deus já está operando o milagre de reverter tudo, mas nosso espírito crítico descalibrado nos redireciona para o começo. O resultado é um enorme desperdício de tempo, dinheiro e chances. Corremos, nessas horas, o risco de fazermos a barca naufragar.
A constatarmos um problema é hora de trabalharmos para solucioná-lo. E não voltarmos atrás, cultivando e realimentando o problema. Digo isso porque este fim de semana, no retiro de que participei, uma conversa que tivemos sinalizou e significou mais ou menos isso.
O problema é que muitas vezes somos muito eficientes em detectar e descrever os problemas. Mas não apontamos o caminho da solução. E em muitos casos Deus já está operando o milagre de reverter tudo, mas nosso espírito crítico descalibrado nos redireciona para o começo. O resultado é um enorme desperdício de tempo, dinheiro e chances. Corremos, nessas horas, o risco de fazermos a barca naufragar.
A constatarmos um problema é hora de trabalharmos para solucioná-lo. E não voltarmos atrás, cultivando e realimentando o problema. Digo isso porque este fim de semana, no retiro de que participei, uma conversa que tivemos sinalizou e significou mais ou menos isso.
Tenho estudado muito. Estamos em fim de semestre. Mas deu tempo de ir para um retiro neste fim de semana. E hoje fui assistir Garfield. Sai frustrado. Aquele gato gordo e safado das tirinhas e dos desenhos é infinitamente melhor do que o filme. O das tirinhas e dos desenhos é personagem para adolescentes e até adultos. Muito inteligente. O filme é eminentemente infantil. Shrek 2 é bem melhor.