5.3.05

Quem é este?

Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?

Marcos 4. 41.

Quem é Jesus? Acredito que esta seja uma das perguntas mais importantes que o ser humano pode fazer nos dias atuais. No meio da nossa complexidade cultural e religiosa, cada um tem uma opinião acerca de quem é Jesus. Para uns, Ele nem sequer existiu. Os que acreditam que Ele tenha existido se dividem entre os que atribuem algum significado religioso à sua vida e aqueles que O vêem apenas como um líder político, morto pelos poderosos por causa de suas idéias revolucionárias. Entre os religiosos, espíritas vão acreditar que Ele era um espírito superior, os muçulmanos e os judeus, um grande profeta. Os cristãos vão afirmar com Pedro que Ele o Cristo, o Filho do Deus vivo. Mas essas posições não são tão importantes quanto aquela que cada um de nós precisa tomar, pessoalmente. A pergunta decisiva é Quem é Jesus para você?

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4.3.05

Sentimentos honestos

Eu ainda estou revoltado e me queixo de Deus.

Jó 23. 2.

Que palavras de tremenda honestidade emocional! As palavras de Jó marcam sua tentativa de se despojar de qualquer máscara, em nome de qualquer religiosidade, diante do Deus vivo. Ele admite que está revoltado contra Deus. Admite, sem medo. Sem medo de qualquer moralidade religiosa que possa lhe dizer que isso é pecado. Sem medo de qualquer discurso espiritual que lhe diga que isso não pode acontecer, é desrespeito, é falta de fé.

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3.3.05

Esse era o texto do abaixo-assinado:

Projeto de Biossegurança (PL 2401/03)

Esta semana a Câmara dos Deputados iniciará a discussão do Projeto de Modificação da Lei 8.974, de 1995, a chamada Lei de Biossegurança (PL 2401/03). Um dos pontos de polêmica do projeto diz respeito à liberação da pesquisa em células-troncos embrionárias, que os cientistas consideram capazes de reconstruir qualquer tecido do corpo humano.

As células-troncos podem se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo. Esta é uma capacidade especial, porque as demais células geralmente só podem fazer parte de um tecido específico (por exemplo: células da pele só podem constituir a pele). Outra capacidade especial das células-tronco é a auto-replicação, ou seja, elas podem gerar cópias idênticas de si mesmas.

Por causa destas duas capacidades, as células-tronco são objeto de intensas pesquisas hoje, pois poderiam no futuro funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes, como nos casos de Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares em geral, ou ainda no lugar de células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, como no caso de diabetes.

A pesquisa em células-tronco é a grande esperança de cura para milhares de doentes graves. O projeto da Lei de Biossegurança prevê que os embriões congelados em clínicas de fertilização há mais de três anos poderão ser dispostos para pesquisa. Estes embriões não servem mais para serem implantados e, por isso, caso não sejam aproveitados na pesquisa, são jogados no lixo. Isso mesmo: no lixo.

Por isso, é triste ouvir na imprensa que um grande obstáculo à liberação dessas pesquisas é a chamada bancada evangélica. Seria pecado contra a Lei de Deus a pesquisa com estes embriões e não seria jogá-los no lixo?

Em virtude desses pontos, elaboramos esse abaixo-assinado de evangélicos, endereçado aos deputados da Frente Parlamentar Evangélica a fim de que não bloqueiem o acesso à cura e à restauração a tantos que sofrem, aprovando o texto da Lei de Biossegurança.

Se você desejar participar desse abaixo-assinado, coloque seu nome na seqüência e encaminhe para o maior número de contatos evangélicos. Quando a lista chegar a vinte nomes, encaminhe ao Deputado Adelor Vieira, presidente da Frente Parlamentar Evangélica: dep.adelorvieira@camara.gov.br.

A Câmara aprovou ontem à noite, por esmagodora maioria, a liberação das pesquisas com células-tronco embrionárias no país. Assisti a sessão pela TV Câmara. Eu fiquei com vergonha de ser crente durante os debates devido à qualidade dos argumentos que os evangélicos usaram para defenderem sua posição contrária à liberação. Um deputado pastor chegou a dizer o absurdo que essa decisão era o primeiro passo para a liberação do aborto no país. Eu pergunto: o que uma coisa tem a ver com outra?
Eu fiquei tão indignado quando vi no jornal que a bancada evangélica estava se posicionando contrariamente ao projeto que inventei um abaixo-assinado que não sei se chegou a ser enviado para o deputado Adelor Vieira, do PMDB de Santa Catarina, presidente da Frente Parlamentar Evangélica. Mas eu cheguei a escrever pessoalmente para o deputado para questionar porque era pecado usar os embriões congelados na pesquisa e não era jogá-los no lixo. Sim, porque caso os embriões que a Lei de Biossegurança libera para a pesquisa não fossem usados para trazer esperança a milhares de doentes graves, seu destino era o lixo, já que são inviáveis para a gestação.
O meu problema não é da moralidade do uso dos embriões, mas sim do absurdo de condená-los ao lixo e condenar milhares de pessoas ao sofrimento sem esperança. Os processos de fertilização in vitro, que nossa sociedade permite e que nunca ouvi um evangélico sequer questionar, gera inúmeros embriões que não serão usados. Esse resto irá, fatalmente, para o lixo. Se os crentes queriam questionar essas coisas a partir da Lei de Deus, teriam de começar pela própria liberação da fertilização in vitro. Agora, ninguém vai me convencer que é contra a Lei de Deus liberar essas células para pesquisa, quando a alternativa seria o lixo. Por isso, graças a Deus o projeto foi aprovado.

No pó e na cinza

Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.

Jó 42. 5 – 6.

Ao se deparar finalmente com o Deus vivo, Jó reconhece que não é nada, não passa de pó e cinza. Diante da glória do Deus de todo universo, a sensação de nulidade pessoal é tremenda. Outros homens passaram por experiências semelhantes, como Daniel, Ezequiel, Isaías, João. Tudo isso acontece porque a visão do Deus de toda glória deixa uma marcante impressão do Espírito na alma. Essa impressão nos conduz ao reconhecimento de que não somos nada sem a graça de Deus.

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2.3.05

Sem conhecimento

Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que não conhecia. Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me ensinarás.

Jó 42. 3 – 4.

Há uma pitada de humor nessa história de Deus com Jó. Jó passou tanto tempo clamando para que Deus viesse lhe mostrar onde ele havia errado, qual era o seu pecado, explicar o porquê de tudo que estava acontecendo. Finalmente, o Senhor veio, e por quatro capítulos (38 – 41) como que pôs Jó no seu devido lugar. O discurso de Deus poderia ser entendido como que o Senhor dissesse: Você realmente quer comparar minha inteligência, meus motivos e o meu poder com você? Você realmente quer medir forças comigo, que criei o Universo e tenho tudo sob controle?

Numa linguagem popular, Jó termina pagando um mico. E em resposta diz algo que pode ser traduzido por: Que bobagens que eu andei falando! Jó reconhece que a mente humana, a sua mente, não é capaz de alcançar a dimensão dos juízos, da vontade e da sabedoria de Deus. Ele não seria capaz, jamais, de compreender todas as coisas que fazem parte do plano de Deus, porque Ele é o Alto e Sublime que habita em luz inacessível.

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1.3.05

Tudo podes

Então, respondeu Jó ao Senhor: Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.

Jó 42. 1-2.

Costumamos ler esse texto de um modo muito indiferente a Jó e seu sofrimento. Olhamos para esses versículos como se eles apontassem uma perspectiva de futuro, como se dissessem que as coisas não vão bem agora, mas o Deus que tudo pode tem um projeto melhor na vida e vai trazer solução a cada situação difícil. Essa forma de ler o texto é muito indiferente a Jó e sua dor.

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28.2.05

Assisti à cerimônia de entrega do Oscar na torcida por Million Dollar Baby/Menina de Ouro. Lamentava, no entanto, não ter assistido Finding Neverland/Em busca da terra do nunca, por falta de tempo, e Ray e Sideways, por falta de opções, já que nenhum dos dois ainda foi exibido em Natal. Logo, não tinha como julgar Jamie Foxx.
Mas se os dois favoritos eram O aviador e o filme de Clint Eastwood, venceu o melhor. Clint Eastwood não merecia levar o prêmio de melhor ator, mas certamente o de melhor direção. E o seu filme é bem melhor que o filme de Scorcese. Aliás, até agora não entendi Cate Blanchette. Para mim, Natalie Portman foi bem melhor que ela, em Closer.
Adorei o prêmio de melhor música para Diários de motocicleta, apesar da polêmica envolvendo a apresentação da canção na cerimônia, depois que a Academia vetou o autor Jorge Drexler e impôs Antonio Banderas e Carlos Santana. Que, aliás, estava vestindo uma camiseta com a figura imortalizada de Che e uma boina preta com uma estrela vermelha.
Enfim, venceu o melhor filme que eu assisti nesse início de ano. Pena que o outro grande filme de minha temporada de verão não levou nada. Refiro-me à Closer.
Por falar nisso, tive a mesma sensação que motivou a piada do mestre de cerimônia sobre Jude Law. O sujeito estava em praticamente todos os filmes deste fim de ano. Eu, pelo menos, fiquei surpreso ao vê-lo em O aviador. A lista passa por Closer, Capitão Sky, Alfie, e, se você souber mais, pode me dizer.

Sem esperanças

Não tenho mais esperança, pois Deus me matará; mas assim mesmo defenderei a minha causa diante dele.

Jó 13. 15.

Jó sempre é lembrado pela sua paciência. Costumamos pensar nas coisas que ele passou, nas perdas que sofreu, nas dores que amargou e pensamos em como ele resistiu a isso tão pacientemente. Mas quando olho algumas falas de Jó em seu diálogo com aqueles amigos – da onça – que o acusavam, vejo um homem desesperado.


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27.2.05

A tentação

Então o Espírito Santo levou Jesus ao deserto para ser tentado pelo Diabo.
Mateus 4. 1.

Quando estamos no deserto, mesmo as nossas necessidades lícitas mais básicas podem se tornar laços para reprovação e queda. Porque todos nós temos necessidades lícitas para as quais podemos descobrir formas ilícitas de satisfazê-las. No deserto, quando estamos mais enfraquecidos, é ainda mais fácil cair porque nessas horas, estando mais fragilizados, entra em campo o Diabo.

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