É assim: a gente muda, o blog muda...
Minha primeira opinião
25.9.04
Amanhã Emília vai estar fazendo a prova da terceira fase do concurso do ministério público estadual. Ontem encontrei Raquel, irmã de Thiago, na UFRN. Ele, velho amigo tupiquiniquim, trabalha hoje no BNB em Fortaleza. Pablo mora em Brasília, onde trabalha no Ministério da Ciência e Tecnologia. Fábia mora em Recife, onde é farmacêutica no Bompreço. Jogo xadrez todos os sábados com Stuart, que hoje é médico e evangélico. Hadson já é pai. Assim como Marcel, Daniele Cristine, e outros e outros... (Fernanda não era da minha turma, mas já é mãezona de João e está grávida do segundo rebento).
Eu não enlouqueci. Próximo ano faz dez anos que eu terminei o segundo grau. Cada uma dessas pessoas citadas foi importante de alguma maneira nessa história. Muitas outras também o foram. Como a nossa festa de conclusão foi um fiasco, gostaria muitíssimo que pudéssemos fazer algo muito bom no próximo ano.
Essa nostalgia se deve a ter voltado a escutar hoje uma música que fez parte da coreografia que apresentamos na abertura dos jogos internos do Neves no nosso último ano:
Assaltaram a Gramática
(Paralamas do Sucesso)
Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
Malagueta
Eu não enlouqueci. Próximo ano faz dez anos que eu terminei o segundo grau. Cada uma dessas pessoas citadas foi importante de alguma maneira nessa história. Muitas outras também o foram. Como a nossa festa de conclusão foi um fiasco, gostaria muitíssimo que pudéssemos fazer algo muito bom no próximo ano.
Essa nostalgia se deve a ter voltado a escutar hoje uma música que fez parte da coreografia que apresentamos na abertura dos jogos internos do Neves no nosso último ano:
Assaltaram a Gramática
(Paralamas do Sucesso)
Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica
Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
Malagueta
Quer saber do que eu gosto?
Eu gosto de ter esperança. De sentir que as coisas podem dar certo. De vê-las dando certo. De tocá-las. De cheirá-las. De vivê-las. De aprender coisas em disco e também de não aprender. De aprender coisas em livros e de amá-los e de odiá-los. De me indignar. De me apaixonar. De me olhar no espelho e pensar que a vida, a minha vida, vale a pena. De saber que vale a pena até a morte. De saber que não importa se sei escrever ou não: eu sei quem sou.
E sabe do que mais eu gosto?
De saber que mesmo que você não quisesse saber do que eu gosto, isso não me importava: eu escreveria da mesma forma porque eu gosto disso.
Eu gosto disso:
Como Nossos Pais
(Belchior)
Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
E eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado, meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua cabelo ao vento gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não se enganam, não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que tou por fora ou então que tou inventando
Mas é você que ama o passado é que não vê
É você que ama o passado é que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem deu me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
Eu gosto de ter esperança. De sentir que as coisas podem dar certo. De vê-las dando certo. De tocá-las. De cheirá-las. De vivê-las. De aprender coisas em disco e também de não aprender. De aprender coisas em livros e de amá-los e de odiá-los. De me indignar. De me apaixonar. De me olhar no espelho e pensar que a vida, a minha vida, vale a pena. De saber que vale a pena até a morte. De saber que não importa se sei escrever ou não: eu sei quem sou.
E sabe do que mais eu gosto?
De saber que mesmo que você não quisesse saber do que eu gosto, isso não me importava: eu escreveria da mesma forma porque eu gosto disso.
Eu gosto disso:
Como Nossos Pais
(Belchior)
Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
E eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado, meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua cabelo ao vento gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não se enganam, não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que tou por fora ou então que tou inventando
Mas é você que ama o passado é que não vê
É você que ama o passado é que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem deu me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
Descobri que a autora de textos que muito têm me esclarecido no meu caminho do mestrado é uma menina de minha idade que está fazendo doutorado! Eu me sinto, assim, um pouco passado...
Há algum tempo eu abandonei a idéia de blog como gênero discursivo. Existe muita gente que o vê dessa forma. Um gênero próximo/parente/descendente dos diários. Blogs são conhecidos como diários virtuais, é verdade. Mas quero defender a idéia de blogs como suporte, mesmo que tenham começado como gênero. Nos blogs você encontra diversos gêneros discursivos distintos, como letra de música, questionário ou mesmo diário. Mas o caminho ainda é longo e deserto até o fim de minha pesquisa.
21.9.04
Tenho alguma coisa a dizer (afinal, tenho um blog) a alguém. Mas não sei quem exatamente. Olho para o meu futuro e só me vêm dúvidas. A questão é de que até a ida ao seminário, eu sempre fui capaz de fazer minhas coisas até o fim. Nunca deixei nada pela metade. Mas deixei o seminário. Isso tem me deixado inseguro.
Olho à minha frente e duvido se serei capaz de terminar o mestrado, de defender minha dissertação daqui a um ano. E fazendo isso, o que será de mim?
Olho para dentro de mim e me sufoco nas minhas dúvidas como se fossem algum vômito das ânsias que tenho sofrido nos últimos tempos. Olho à minha volto e continuo a sentir de falta de alguém. Nem me perguntei, pois não sei.
Olho a minha vida. Olho o meu Deus. Sei que devo fazer a diferença; sei que posso. Mas algo precisa ser ainda diferente em mim.
Tenho muitos olhares que me incomodam. Tenho algo a dizer, mas não sei o quê, nem sei a quem.
Olho à minha frente e duvido se serei capaz de terminar o mestrado, de defender minha dissertação daqui a um ano. E fazendo isso, o que será de mim?
Olho para dentro de mim e me sufoco nas minhas dúvidas como se fossem algum vômito das ânsias que tenho sofrido nos últimos tempos. Olho à minha volto e continuo a sentir de falta de alguém. Nem me perguntei, pois não sei.
Olho a minha vida. Olho o meu Deus. Sei que devo fazer a diferença; sei que posso. Mas algo precisa ser ainda diferente em mim.
Tenho muitos olhares que me incomodam. Tenho algo a dizer, mas não sei o quê, nem sei a quem.