Não diria que estou admitindo mentir neste blog. Estou admitindo que considero veraz a interpretação que Goffman dá da vida em sociedade. Nós representamos papéis sociais que têm suas próprias fachadas. Nós podemos acreditar nas personagens que encarnamos ou podemos ser cínicos e trapaceiros e, então, manipulamos o que expressamos de nós mesmos.
Isso acontece com maior intensidade no ciberespaço. Representamos neste teatro de nova socialidade. Representamos com mais facilidade porque não temos que expor o nosso rosto e vestir as máscaras se torna mais fácil.
Todos representamos. Todos assumimos papéis na sociedade. Se mentimos, não é exclusividade minha. O problema é que encarnarmos os papéis tão bem que esse se torna o nosso verdadeiro eu. Um eu mediado pelo palco em que atuamos.
Isso faz parte da essência dos blogs, creio eu. Nenhum dos meus leitores têm qualquer condição de verificar se o que digo ou exponho aqui é totalmente real. (Aliás, o que é real na cibercultura?)
Isso não significa que sou insincero. Até onde eu me conheço, eu sou o que exponho aqui. Nem mais, nem menos. Só que eu também sou um ator social. Um ator inserido no ciberespaço. Inserido na comunidade blogueira.
Quer saber mais? Leia Erving Goffman.
8.5.04
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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