Por muito tempo admirei algumas pessoas. Quer dizer, eu achava que as admirava quando na verdade admirava apenas suas idéias, suas convicções, as coisas que faziam. Eu não era capaz de admirá-las verdadeiramente. Ou porque elas não eram admiráveis ou porque eu era incapaz de admirar alguém de verdade.
Aquelas perguntas que fiz outro dia são decisivas aqui: A quem eu amo? A quem eu sigo?. Minha admiração por essas pessoas as tornavam exemplos para a minha vida. Mas exemplos de quê? De lutas? De idéias? São essas coisas que são importantes na vida? Ou seria o amor?
Descobri que algumas pessoas a quem admirava por suas idéias eram incapazes de me ensinar algo sobre o amor. E então eu não aprendia nada de valor para construir uma vida saudável. E assim meus relacionamentos, com elas ou com outras pessoas, repetiam os mesmos erros de sempre. Eu nunca crescia. Nunca amadurecia. Nunca me tornava gente.
Mas eu quero exemplos de amor para minha vida. Exemplos de relacionamento. Nisso tem começado a se encaixar minha sobrinha Juliana.
Foi muito bom conversar com ela hoje. Ela nem sabe que me fez ver o quanto a minha teologia se desviou das minhas palavras nos últimos tempos. Se eu prego uma Teologia revolucionária ela precisa se firmar em relacionamentos reais, acima de tudo com Deus. Richard Shaull já afirmava que comunidades de amor, que ele chamava de Koinonias, iriam ser promotoras da Revolução do Reino de Deus. E Koinonia é comunhão, relação, amor. É vida.
Se eu prego uma Teologia revolucionária, preciso construir relações com o amor transformador. Minha sobrinha nem sabe o quanto me fez ver isso hoje.
6.11.03
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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