Vocês lembram, algum tempo atrás Marcelo Yuka, baterista e compositor do Rappa, levou seis tiros em um morro do Rio e ficou paraplégico. Vítima da violência, condenado a estar preso a uma cadeira de rodas por toda a vida.
É tristemente irônico que justamente ele, cujas letras são duras, sensíveis, perspicazes e profundamente instigantes e desafiadoras, seja uma das grandes vítimas da violência social que tanto denuncia.
É tristemente irônico que nem ele consiga escapar.
Por isso, O Rappa é profundamente concreto para mim. Eles conhecem muito bem o que cantam. O seu clamor por paz tem uma relevância muito maior do que qualquer palavra minha sobre paz e justiça.
Também morre quem atira
Menos de cinco por cento dos caras do local
São dedicados a alguma atividade marginal
E impressionam quando aparecem no jornal
Tapando a cara com trapos
Com uma Uzi na mão
Parecendo árabes do caos
Sinto muito "cumpadi" mas é burrice pensar
Que esses caras é que são os donos da biografia
Já que a grande maioria daria um livro por dia
Sobre arte, honestidade e sacrifício.
1.11.03
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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