2.6.03

Uma parte de meu futuro teológico há de ser resolvida (ao menos em parte) amanhã. Futuro ministerial também.

Preciso voltar a pensar teologias e ministérios. Esses dias discuti a minha ida ao show dos Paralamas com uma irmã querida. Fui porque hoje estou convicto de que não há pecado nisso, e que posso reconhecer a voz de Deus na boca de profetas como Herbert ou Gabriel, por exemplo. Fui pela convicção de que adoro os Paralamas desde 1986 e descobri minha perda de tempo ao abrir mão deles e dos Titãs ao me converter. Descoberta que me veio nos dois anos de seminário.
Mas isso fere tanto o senso comum de nossas comunidades evangélicas, que costumam demonizar toda a produção cultural extra-eclesiástica, que eu escondi e esconderei de qualquer outro irmão da minha igreja minha presença naquele show. Correria o risco de sofrer novo processo disciplinar.
Mas por quê? Por que a igreja tomaria uma atitude assim? Seu costume e sua cultura não parecem ter explicação para isso. Somente porque as igrejas são assim. Não há fundamento bíblico, teológico ou histórico para tanto.
Isso me faz lembrar um grande filme, O violista no telhado. As tradições são dissecadas naquele filme, que retrata uma comunidade judaica muito tradicional. E por que os homens precisam usar barba? Por causa da tradição. E qual a explicação da tradição? Não há explicação.
Valorizamos tantas vezes tradições como verdades absolutas da Bíblia. Tradições que, postas sob crítica (especialmente bíblica), são insustentáveis.

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