Ontem estive em Fortaleza. Revi amigos. Revi um pouco da cidade em que morei por dois anos. Visita rápida, cujo objetivo era encontrar-me com Susana para lidar com meus sintomas de síndrome do pânico.
Começamos a perceber o que está em jogo. E ela me informou que pelo menos por enquanto meus sintomas só podem ser tratadas com medicamentos. E tudo faz parte de conflito entre vocação e identidade. Passos serão dados para a vocação prevalecer.
Passei a tarde no consultório. Entre um e outro paciente, conversávamos. E eu escrevi essa poesia, que mostra um pouco das coisas que comecei a ver em mim mesmo:
caminho por aí
nem tão sem destino
nem tão sem estrada
caminho por aí
errante, sem parada
caminho por aí
e mesmo que as coisas
explodam à minha volta
realmente não me ligo
a nada
caminho por aí
concretizo tudo o que toco
mas preferia não tocar;
relaciono tudo o que vivo
mas preferia não relacionar
não era aqui
onde queria estar
confuso ainda
caminho por aí
procurando um lugar
em que ficar.
28.4.04
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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