Na sexta-feira, acompanhei meu primeiro jogo no estádio no Campeonato Brasileiro. Fui ver o empate entre ABC e Juventude.
Paulo Musse falhou - mas não sozinho - no gol do Juventude. Tenho dito que vejo dois problemas no Paulo Musse: 1) incapacidade de sair jogando, a não ser na base do chutão (se bem que no último jogo ele fez umas transições mais rápidas e mais precisas); 2) e incapacidade de encaixar a bola.
Vi o jogo pela primeira vez no estádio e atrás do gol. Só quando vi o gol do Juventude na tevê percebi de quão longe a bola partiu no chute de Alemão. Mas, também por estar atrás do gol, vi o tamanho do efeito e da força do chute. Falhou Musse e falhou a zaga que não chegou no rebote. Gostei, apesar disso, do time no primeiro tempo. Principalmente enquanto Éder conseguia colocar Alisson no jogo. A bola girava entre os dois alas, com todo o meio de campo funcionando. Depois, no segundo tempo, Éder se escondeu em campo e, conseqüentemente, o time pendeu para a direita, fundamentando suas jogadas apenas em Márcio Hann e Bosco. O melhor do segundo tempo foi Ivan. Neto Potiguar não foi bem nos dois jogos. Vinicius é horrível. No fim, achei que foi um mal resultado por ter sido em casa, mas foi o resultado mais justo pelo jogo.
O ABC continua com problemas no ataque e na armação. Faz tempo que me pergunto por um jogador que não está sendo nem aproveitado no banco pelo ABC, o Rodriguinho. Acho que Éder está indo bem, mas não é armador - é nitidamente um atacante. Houve um jogo - contra o Avaí - em que ele melhorou sensivelmente quando Marcelinho entrou e o "empurrou" para o ataque. Ele joga muito bem no "um-dois", mas a gente precisa de um criador. Quem mais se aproximou disso foi Dejair. Mas, nos poucos momentos que que vi Rodriguinho jogar esse ano, ele mostrou muita coisa boa. Por que ele não vai nem no banco? Neto Potiguar já era pra mim - da mesma turma do Vinicius. Jean, do Tigres, tem que melhorar um pouco mais a bola. Sexta ele entrou e tumultuou, caindo num espaço do campo em que já se acotovelavam Bosco e Márcio Hann.
Valdir Papel tem sido duramente criticado pela torcida. Sempre que vi Papel jogar, percebi que ele é um grande jogador, mas comentei sempre que o esquema tático vai matá-lo. Ele deve ser jogador de decisão, na área, mas faz tempo que o esquema não o deixa jogar na área. Em todos os jogos que eu vi, ele era obrigado, pelo modo de jogar do time, a sair da área, às vezes até o seu campo de defesa, para pegar a bola e armar a jogada. Eu já tinha, por isso, o sentimento que a torcida vai, mais cedo ou mais tarde, queimá-lo por isso. Atacante tem que fazer gol, né?
Precisamos, em suma, de um armador ou de um atacante melhor que Vinicius. E precisamos de um esquema tático mais flexível. Já pensei que talvez pudessemos jogar com dois jogadores para armar e um cabeça de área apenas. Pelo menos nos jogos em casa: 3 zagueiros, 2 alas e um cabeça de área ainda preservariam a força defensiva.
Marcadores: ABC, Campeonato Brasileiro, futebol, Série B
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