Parece que tenho me ouvido pouco. Digo isso porque já me senti, um dia, como um exilado, ainda que estivesse em minha casa, minha cidade, minha família, meu povo. Esse era justamente o problema. Talvez pela terrível inadaptabilidade de um cidadão do mundo, o sentimento do exílio se relacionava diretamente ao fato de ter voltado para minha velha casa. O meu lugar era outro, era Fortaleza, era minha vida livre e independente.
Eu julguei que havia me curado disso ao longo de todo um ano como foi o de 2003. Mas agora me flagro falando, sentindo e vivendo a saudade. Saudade de pessoas caras que sumiram da vida é sentimento de exilado. Ainda que esteja reconstruindo minhas relações, estou programado pelo sentimento de alguém exilado de meus próprios sentimentos, emoções e relacionamentos. Talvez esteja descobrindo que a caminhada ainda é difícil.
Ou quem sabe é tudo muito simples e eu não precisaria mais me preocupar em ser um exilado. Na verdade, essa seria minha essência. Apesar de todo amor e toda a vida que dedico às relações, as saudades e o exílio (perda) dos amigos e amores são inescapáveis para mim.
Enfim, se estou conseguindo ouvir algo do que digo é que sou um exilado dos meus amores. Pelo menos por enquanto.
23.1.04
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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