17.8.03

A minha situação atual de vida tem uma história. No ano 2000, último ano de faculdade, tive certeza de iria para o Seminário. A vocação de Deus era clara em minha mente e em meu coração.

Fui para Fortaleza no ano seguinte, onde passei dois anos me sentindo, quase sempre, no centro da vontade de Deus para a minha vida. Ali, minha reflexão teológica dirigiu-se a espaços os quais nunca imaginei chegar. Novos traços de relacionamento com Deus estavam se estabelecendo no meu ser.

Aí, no ano passado, problemas diversos me lançaram em um doloroso e sofrido exílio em minha própria terra. Sem espaço para refletir, pregar, sentir, viver.

No fim do ano passado, a dor e a solidão desse ostracismo eram tremendas. Inúmeras feridas na minha alma careciam de serem tocadas pelo Senhor. Foi assim que ela voltou para a minha vida.

Foi nessa vida dolorosa de exilado que minha teologia e minhas idéias evoluíram, auxiliadas pela presença dela, de seu companheirismo, suas próprias idéias, seu amor. Foi através desse blog, onde fui inserido por ela também, que recuperei um espaço para repensar e refletir. Um espaço para as minhas loucuras, como digo acima.

É bom ter a companhia dela nessa luta. No entanto, não me é confortável saber que a minha dor e meus novos ostracismos são reservados a ela também. Sua companhia me tem sido imprescindível. E não posso evitar que essa companhia seja levada por mim para um novo lugar de sentido, afastado do centro a visão de mundo que nossas igrejas costumam ter. Lugar perigoso e doloroso.

Obrigado por tudo, Pri.

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