Estourando o Latrocínio de Bush, uma coisa para mim está certa: o mundo não será mais o mesmo.
Há alguns dias venho pontuando alguns raciocínios com as novidades que estão no entorno desse conflito. E, logicamente, ao fim dele essas coisas pontuais devem se radicalizar. Aliás, algumas já se radicalizam.
Por exemplo, a Turquia está condicionando o uso americano de seu território durante a Guerra a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. A força da opinião pública mundial está sendo testada.
Por outro lado, a noção de democracia e ditadura deve ser revista. Em que é democrático um governo que toma atitudes que contrariam a vontade manifesta de oitenta por cento de sua população, como é o caso da Grã-Bretanha?
Em que é democrático um governo que censura informações, como é o caso dos EUA? Minha tia está em Nova York e relata que muito pouco se fala sobre a Guerra por lá.
Ou como no exemplo citado ontem pelos pensamentos imperfeitos.
Por que é mais fácil comprar esse mundo maniqueísta que a ideologia quer vender: Bush, o cowboy-herói; Saddam, o índio-bandido?
Cada vez mais me convenço que a estatura bélica dos EUA se oculta atrás da sua estatura, digamos, moral. Infinitamente menor, pequena, miserável.
E ainda vem um irmão da minha igreja dizer que os EUA estão se corrompendo da sua missão de celeiro de missionários, “como foi no passado”, não percebendo que a grande obra missionária do passado yankee correspondeu aos interesses seus interesses imperialistas. Quando as nações se convenceram da ideologia da qual os missionários eram mensageiros (principalmente no que se refere ao conceito de desenvolvimento relacionado ao american way of life), missionários não precisariam mais ser enviados. A ideologia agora já se estabelecera.
Foi ela quem execrou, em meios protestantes, toda e qualquer teologia nacional, revolucionária ou libertacionista. E aí, intelectuais como Rubem Alves começaram a serem encarados como hereges, e sua teologia como manifestações do próprio Satanás.
Um amigo meu, recentemente, sendo avaliado pela sua igreja, teve que responder se era adepto da Teologia da Libertação ou Reformado, como se ambas fossem auto-excludentes. E, sintomaticamente, foi um pastor norte-americano que lhe perguntou isso.
Isso porque se houver algum pastor nessa igreja que seja libertacionista ou revolucionário, a construção secular da ideologia do american way of life vai estar ameaçada. E assim não haverá mais espaço ideológico no meio do povo de Deus.
Essa mesma ideologia faz com que muitos crentes sejam apaixonados pelos EUA e por Israel, e faz dos evangélicos (generalizando, é claro) enorme massa de manobra de 25 milhões de brasileiros.
18.2.03
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
Postagens anteriores
- E, é claro, que a maior potência da terra, o maior...
- O que significa argumento de autoridade? Bem, até...
- Sobre a Egüinha Pocotó, até deus se dignou a falar.
- Hoje comecei minha primeira experiência de mestrad...
- Para o Vinícius, meu agradecimento pela visita. E...
- Breves reflexões dominicais
- 1. Como eu poderia declarar a Deus que Ele é livre...
- 2. A melhor definição da Guerra de Bush foi dada o...
- 3. O panorama internacional mudou muito nos último...
- 4. Se esses países tiverem marra e quiserem evitar...
Assinar
Postagens [Atom]
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial