Ano passado eu passei por momentos muito difíceis em Fortaleza. Momentos de dores profundas na alma. Parecia que cada vez que eu respirava o mundo a minha volta se voltava contra mim. Às vezes me desesperava com aquela situação contra a qual não podia lutar.
Em meio àquela situação revoltante, fui me sentindo cada dia mais afastado de Deus. Sofria por imaginar que não havia mais nenhum foco de amor por mim no universo. Não conseguia pensar em Deus como um Deus de Amor.
Até que corri a um refúgio em Fortaleza. A Igreja Presbiteriana Nova Jerusalém. Todo o culto girou em torno do amor. E Deus foi me falando. Eu procurava me sentir amado? Deus é amor. Eu estava sofrendo? O sofrimento era insuportável porque havia me esquecido de me lançar ao amor de Deus com toda a minha força (daí a importância de Kierkegaard atualmente).
Deus me fez ver que a dor e o sofrimento não iam passar. Ainda ia doer e eu ia sofrer, mas se eu dependesse do Seu amor, seria mais fácil. Ele cuidaria de cada ferimento, me poria em Seu colo, saberia descansar no Seu caminho.
Naquela noite, passei um tempo conversando com Deus. Queria reexperimentar o Seu amor em profundidade para que pudesse viver de novo. E, naquela noite, minha vida mudou novamente.
Dali em diante os motivos de meu sofrimento foram sendo sanados, a dor foi passando, eu fui crescendo. Hoje tenho procurado descobrir meu eu. De uma maneira nova e abençoadora.
31.1.03
Espaço para minhas reflexões e loucuras, existenciais, acadêmicas, teologicas e emocionais
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