Por favor, de novo não.
Ricardo Gondim
Por favor, não quero ouvir explicações piegas para as tragédias asiáticas.
Por favor, me poupem de ter que escutar: “os asiáticos são budistas, portanto, idólatras que merecem que Deus transborde o cálice de sua ira”.
Por favor, não me falem que a mordida de Adão e Eva no fruto proibido foi a causa primária de tanto sofrimento. Se tais raciocínios formam a lógica que fundamenta algumas premissas, não quero partilhar dessa lógica. Caso tenha que pagar o preço de ser chamado de herege por não pensar dentro dessa fôrma, não me importo. Abro mão da análise do biblista, do hebraísta, do professor de teologia sistemática, seja lá de quem for, que pesca as narrativas do Antigo Testamento para mostrar como Deus castiga as nações com o “furor do seu ódio”.
Por favor, me deixem em paz. Quero aprender a chorar para assistir ao noticiário com outro espírito.
Por favor, deixem eu criar mais indignação contra os ditadores de Myamar.
Por favor, tenho que reconstruir os conteúdos do meu coração diante de tanta dor.
Soli Deo Gloria.
Marcadores: evangélicos, fundamentalismo, Myamar, Ricardo Gondim
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