5.1.04

Já tive oportunidade aqui de escrever sobre as semelhanças que encontro entre o Rock e aquilo que penso ser o chamado da Igreja. Acho que tudo se resume na frase abaixo dita ontem pelo meu pastor. A convergência entre o rock e a igreja deve se situar no âmbito da crítica. Ambos precisam ter espírito crítico. Precisam ter visão de mundo que procure desfazer as camadas de farsa ideológica que se interpõem entre nós e a realidade. Ambos precisam buscar ver a realidade de maneira mais translúcida.
A Igreja e o rock têm um crítico ministério profético em comum: denunciar as mazelas, as corrupções, as distorções, as ideologias de morte que nos cercam e nos submetem no mundo. Se eles não carregam em si este anúncio denunciador (ainda que a música também tente se libertar do aspecto espiritual) falham com a essência do que são. Mesmo quando a música denuncia o cristianismo ela converge para o bem dele por ajudá-lo na tarefa de se auto-criticar e corrigir.
Não nego as distinções e mesmo as diferenças de vocação, especialmente quando vemos que o chamado da Igreja é muito mais positivo no que se refere a anunciar a vida, morte e ressurreição de Jesus por puro amor. Mas diante das convergências e dos pontos comuns de construção de sentidos e de vida, penso que Igreja e rock são irmãos gêmeos na caminhada pela construção de um mundo melhor e pela transformação deste mundo mal.

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