13.2.03

Reflexões sobre o uso do nome de Deus

Os judeus são escrupulosos ao extremo com relação ao nome de Deus. Afinal é mandamento da Lei de Moisés não usar o nome de Deus em vão. Os judeus se tornaram tão escrupulosos que nós perdemos a pronúncia desse nome. Sim, porque o texto se refere a um nome específico, o nome com o qual Deus se apresentou na Aliança.
O hebraico (escrito) não tinha vogais até o século XIII, quando os massoretas criaram sinais (pontos e linhas) a serem colocados sob as palavras a fim de preservar a pronúncia. Só que o nome de Deus (YHWH) não poderia ser pronunciado em vão. Dessa maneira, sua pronúncia foi perdida. Então, os massoretas colocaram sob o tetragrama as vogais de Elohim (Deuses - ?) ou Adonai (Senhor), dependendo do contexto. Assim, o judeu, diante da palavra YHWH, lê Elohim ou Adonai, dependendo das vogais. Entendeu? Ele jamais pronuncia o tetragrama, mesmo porque não sabemos a sua pronúncia.
Do uso dessas vogais, nasceram as formas portuguesas para o nome de Deus: Javé, Iavé ou Jeová. Em sentido estrito é esse o nome de Deus que não pode ser usado em vão. Ao ponto que o judeu moderno chama seu Deus apenas por “O Nome” (Ha Shamaim).
O escrúpulo judaico é tanto que eles não conjugam o verbo ser, a não que se refira a Deus. Isso porque provavelmente o nome de Deus deriva da frase: “Eu Sou”. Assim, para o judeu somente Deus é.
Essa é uma possível legitimação para o uso da palavra deus em outros contextos. O fale com deus, por exemplo, toma o cuidado de usar o substantivo com letra minúscula.

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