Ano passado, fiz uma exegese em Romanos 13, procurando uma resposta à pergunta pelo lugar da desobediência na vida cristã.
Fui até o Comentário a Romanos e me decepcionei com Barth. Ali ele afirma que não lugar para a Revolução na perspectiva cristã.
Mas Barth não estava morto. Suas perspectivas mudaram, especialmente quando surgiu o nazismo na Alemanha (onde estava radicado). Quando a Igreja Alemã, em peso, se aliou a Hitler, Barth, Brunner, Bonhoeffer e muitos outros, a partir da Confissão de Barmen, se uniram no movimento conhecido como Igreja Confessante, resistindo ao regime do III Reich. Bonhoeffer foi morto em 1945 em um campo de concentração, acusado de participação em um plano para assassinar Hitler.
E a perspectiva barthiana mudou tanto, que ele é citado por Waldo César, conforme Joanildo Albuquerque Burity:
[A esperança que Cristo nos deu é] a esperança mais revolucionária que se pode conceber, ao lado da qual todas as outras revoluções não são mais do que miseráveis foguetinhos.
Waldo César responde que revolução é essa:
Trata-se da mudança das estruturas arcaicas e iníquas em que vive o nosso povo. Nós [a igreja] deveríamos andar na vanguarda dos movimentos de renovação. Temos todos os elementos para isto.
27.2.03
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